“Cassação”: o duro golpe promovido contra o Amazonas

Foto Ilustração.

Prestes a responder um inquérito determinado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por receber propinas da construtora Odebrecht e até correndo risco de ter o mandato cassado, o senador Eduardo Braga (PMDB), segundo fontes palacianas, é quem estaria por trás do golpe que culminou na última quinta-feira (5), na cassação do governador José Melo (PROS).


De acordo com as mesmas fontes, Eduardo Braga está dando mostra de desespero, ao colocar a estabilidade política e financeira do Estado em xeque, unicamente para se ver livre das denúncias de uma provável e humilhante perda de mandato e, provavelmente de um mandado de prisão.

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O ponto de partida dessa trama contra o Amazonas, teria acontecido em hipotético encontro entre o senador Renan Calheiros (PMDB) e o senador do Amazonas. Nessa ocasião, Renan estraria capitaneando votos para aprovação da PEC da Previdência no Senado. Braga não perdeu a oportunidade e, prontamente, teria aceitado, mas impôs como moeda de troca, que Renan “desse um jeito para a sua demanda no Amazonas”, ou seja, que acelerasse a votação do processo de cassação do governador, que até então nem se cogitava ir à pauta junto ao TSE.

Renan, por sua vez, teria aceitado a troca e quem perdeu com tudo isso foi o Estado do Amazonas, que estava se reerguendo de um baque e de uma apatia resultantes de um longo julgamento, que engessou a máquina administrativa desde as eleições de 2014.

Se isso realmente aconteceu, Braga carrega nas sua costa não só as citações nas delações do Lava Jato por recebimento de propina, como denúncias de desvio de verbas do Prosamim e de outras delações envolvendo o seu nome e administração. Ele pode computar agora ao seu elenco de prejuízos para o Estado, quatro anos de altas taxas de desempregos e fuga de investidores. Ninguém quer investir em um Estado que se encontra de ponta cabeça.

A ganância e o medo de ser detido pela Polícia Federal, teria feito do senador Eduardo Braga o maior inimigo do Amazonas. Em meio à crise político, institucional e econômica que assola o País, o mínimo que ele poderia fazer, era apoiar o governo, se limpar junto à justiça, para concorrer as próximas eleições de cabeça erguida, nas urnas, sem o artifício das liminares.

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