Colônia japonesa cria ‘florestas de comida’ no Pará e vira referência contra desmatamento

Casarão de família japonesa em Tomé-Açu erguido nos anos de bonança da pimenta-do-reino - Felix Lima/BBC

“Olha a natureza. Aprende com a natureza.”


As frases, ditas pelo engenheiro florestal japonês Noboru Sakaguchi, apontavam a saída para a catástrofe que havia se abatido sobre seus conterrâneos em Tomé-Açu, no interior do Pará.

As primeiras levas de japoneses chegaram em 1929, quando o Japão vivia uma grave crise.

As famílias receberam lotes cobertos por floresta, onde construíram casas e cultivaram plantações.

Anos depois, o grupo foi alvo de uma série de restrições do governo brasileiro por causa da Segunda Guerra Mundial, período em que os mais velhos dizem ter vivido numa espécie de “campo de concentração”.

Com o fim da guerra, a colônia viveu um ciclo de prosperidade nos anos 1960, até que uma praga arrasou as plantações e forçou os agricultores a buscar alternativas.

Foi então que, observando comunidades ribeirinhas e resgatando técnicas ancestrais japonesas, eles desenvolveram um método que privilegia a diversidade de espécies e produz alimentos o ano todo, ajudando a regenerar áreas desmatadas nas últimas décadas.

Hoje as agroflorestas mantidas pelas famílias nipo-brasileiras atraem vários pesquisadores e agricultores interessados em replicá-las em outras partes do Brasil e do mundo.

Assista ao documentário e conheça alguns dos principais personagens desta história, entrevistados pelos jornalistas João Fellet e Felix Lima.

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