Comitê da Bacia Hidrográfica do Puraquequara auxiliará na preservação do meio ambiente

Instalação do Comitê, em
Instalação do Comitê, em
Instalação do Comitê, em Seminário/Foto: Alfredo Fernandes
A Bacia Hidrográfica do Puraquequara/Foto: Alfredo Fernandes
A Bacia Hidrográfica do Puraquequara/Foto: Alfredo Fernandes

Foi instalado no último sábado (09), pela Secretaria de Estado de Mineração e Recursos Hídricos (Semgrh), durante seminário realizado na comunidade do Puraquequara, na zona leste de Manaus, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Puraquequara (CBHP), que vai auxiliar a secretaria e a comunidade local, na preservação da natureza e das comunidades tradicionais que vivem na área.

A bacia hidrográfica do Puraquequara corresponde a uma área de 700 quilômetros quadrados. A nascente do rio têm início na rodovia AM-010, no município de Rio Preto da Eva e termina na zona leste de Manaus. O local é uma importante área de preservação ambiental, onde vivem cerca de nove mil pessoas, divididas em 23 comunidades localizadas tanto na zona urbana, quanto na zona rural dos dois municípios.


O CBHP é o segundo comitê de bacias instalado no Estado do Amazonas. O primeiro comitê criado foi o da Bacia Hidrográfica do Tarumã-Açu, instituído em outubro de 2009, por meio de um decreto estadual. De acordo com o secretário de mineração e recursos hídricos, Daniel Nava, com a instalação do grupo, a secretaria poderá, em parceria com a comunidade, colocar em prática uma série de políticas públicas de proteção e exploração dos recursos hídricos.

“O comitê vai ser um braço de apoio ao trabalho desenvolvido pela secretaria e vai nos auxiliar na implantação do plano estadual de recursos hídricos. A partir da próxima quarta-feira, dia 15, o comitê já vai participar da reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, onde vamos deliberar as normativas, que vão estabelecer como usar melhor esses recursos”.

Diagnóstico – Segundo Daniel Nava, a partir da instalação do comitê hidrográfico, que conta com membros da sociedade civil organizada, de usuários da bacia do Puraquequara e do Poder Público, a secretaria vai iniciar um diagnóstico sobre as necessidades e o que pode ser feito para a preservação da bacia e o incentivo a subsistência de quem mora no local.

Com o comitê, todas as decisões sobre o uso fluvial do rio e a implantação de empreendimentos comerciais e habitacionais vão ser discutidos inicialmente com os moradores do local e os órgãos responsáveis, garantindo a possibilidade de decidir sobre questões que vão impactar diretamente a vida de quem vive na bacia. “O comitê vai nos ajudar a impedir que aconteça aqui no Puraquequara o que aconteceu nas bacias do Quarenta e do Mindu, por exemplo”, disse Nava.

Conquista – Moradora da comunidade Bela Vista há oito anos, Neuza França foi uma das primeiras moradoras a se interessar e buscar informações sobre como preservar a natureza do local em que vive. Após a instalação do comitê, ela acredita que todos os moradores do lugar alcançaram uma importante conquista. “Hoje nós nos sentimos privilegiados com esse comitê, porque será, a partir de agora, uma importante arma para nós, principalmente no trabalho de prevenção de desmatamento, de impedir a instalação desses portos clandestinos que existem por aqui e que prejudicam muito os moradores e a natureza”.

Presidente do comitê eleito e da Associação de Moradores do Puraquequara, Elton de Jesus, que vive no local há 16 anos e é analista ambiental, também destaca a importância do comitê como um dispositivo que assegure a preservação dos rios e da floresta, impedindo que o crescimento desordenado da cidade afete o meio ambiente que, ainda hoje, é preservado e é fonte de lazer e renda para milhares de pessoas.

Projetos sustentáveis – Além do caráter ambiental, Elton também ressalta que o comitê vai possibilitar que projetos de incentivo econômico aos moradores ribeirinhos do Puraquequara sejam colocados em prática, melhorando a geração de renda de milhares de famílias.

“Nós já temos dois projetos em mente. Um de construção de um terminal pesqueiro, que pode ser muito útil, principalmente durante o defeso, quando os pescadores ficam impedidos de pescar, e o incentivo à produção agrícola. Hoje essas pessoas vivem basicamente da pesca e da agricultura familiar e o local possuí um enorme potencial que precisa ser desenvolvido”, explicou.

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