Em uma viagem de ônibus interurbano, entre a cidades de Manaus a Humaitá, pela BR 319, o passageiro Pedro Fernandes registrou as obras e a estrada que hoje está sendo recuperada com a vistoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o transito.
Através de registro fotográfico da BR 319, segundo relatos de quem fez a viagem, a rodovia está muito boa e o tráfego segue normal.
O que impressiona os passageiros e moradores das cidades que ficam entre Manaus e Porto Velho (RO), é motivo da demora para tomarem a inciativa de recuperação da BR.
Os políticos do Amazonas sempre justificaram que a BR 319 não precisa de licença ambiental para isso, uma vez que ela existe desde a década de 70, construída pelos militares, mas também não fizeram frente aos embargos feitos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Mas, apesar da euforia e aprovação popular dos dois estados, Amazonas e Rondônia, o Ibama voltou a embargar trecho da BR 319 entre Manaus e Humaitá. No entanto, o DNIT afirmou nesta quinta-feira (15), que irá recorrer da decisão do Ibama, que embargou as obras de recuperação de trecho da estrada e aplicou multa de R$ 7,5 milhões. O DNIT nega irregularidades entre elas, o alargamento da estrada.
Conforme o Ibama, a decisão foi baseada em relatório concluído em agosto, que apontou a execução de obras sem licença ambiental adequada, além de irregularidades como supressão de Área de Preservação Permanente (APP), estocagem de madeira sem licença, destinação irregular de efluentes, utilização de material de jazidas, intervenções em corpos hídricos, alargamento de pista, construção de bueiros, desvio de ponte danificada e alojamentos para trabalhadores sem condições mínimas de segurança e salubridade.
O superintendente do DNIT no Amazonas, Fábio Porto Galvão, disse que o órgão foi notificado do embargo das obras na semana passada e determinou a imediata suspensão dos trabalhos no local. No entanto, Galvão afirma que apenas trabalhos de limpeza e recuperação foram executados na área.
O trecho embargado é de aproximadamente 400 km de extensão, entre os quilômetros 250 e 655,7 (Humaitá-Manaus). De acordo com o DNIT, faltavam 20 km para conclusão dos serviços de recuperação do pavimento do trecho da rodovia federal. O trecho central passa por recuperação desde 2013.
Galvão afirmou ainda que o órgão apresentou, nesta sexta-feira, defesa contra a decisão. “Estamos recorrendo para tentar reverter esse embargo para que os serviços possam ser estabelecidos para trafegabilidade ser mantida”, informou Fábio Galvão.
Com 877 quilômetros de extensão, a rodovia começa em Manaus e termina em Porto Velho (RO). A estrada, que é da década de 1970, continua inacabada.
Colaboração de: Adneison Severiano Do G1 AM