De virada, esquerda está a um passo de vencer eleição no Peru

Castillo vira nas pesquisas e caminha a passos largos para a presid~encia do Peru - foto: recorte, rede social

Com a virada, Pedro Castillo lidera com 50,07% dos votos válidos contra 49,92% de Keiko Fujimori.


Com 94,5% das urnas apuradas, o candidato de esquerda, Pedro Castillo, ultrapassou a adversária Keiko Fujimori na disputa pela presidência do Peru. De acordo com a Justiça Eleitoral peruana, Castillo tem 8.373.661 votos contra 8.359.160 de Fujimori. Com a virada, Castillo lidera com 50,07% dos votos válidos contra 49,92% da rival.

O órgão eleitoral do Peru havia alertado, com 40% dos votos apurados, que “o voto rural e o voto na selva” são os últimos a serem apurados. Estas duas regiões são consideradas favoráveis a Castillo.

Após votar, Pedro Castillo afirmou em coletiva de imprensa neste domingo que esta é uma oportunidade dos peruanos se unirem para levar o país adiante, principalmente diante da pandemia de covid-19.

“Faremos todos os esforços para levar saúde ao povo peruano, tranquilidade, bem estar e justiça”, afirmou o candidato.

O que está em jogo

Considerado um “azarão” pela mídia local, Castillo foi o mais votado no primeiro turno, e chegou a abrir 20 pontos de vantagem nas pesquisas, mas a eleição será decidida por uma  vantagem mínima.

Professor e sindicalista, Castillo tem como principais bandeiras a defesa da educação, o combate à pobreza e ao neoliberalismo.

A adversária é filha do ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000) e disputa a Presidência pela terceira vez. Se na campanha de 2016 a estratégia foi “suavizar” sua imagem, apresentando-se como democrata e moderada, desta vez Keiko apela descaradamente ao fujimorismo.

Integrantes do partido Peru Livre acusam a mídia local e os apoiadores de Fujimori de praticar terruqueo, termo que em português pode ser entendido como criminalização, ou falsas acusações de terrorismo.

O medo é um dos pilares da campanha de Fujimori, que alerta para uma “ameaça democrática”, que seria representada por Castillo, e para possíveis consequências econômicas de uma vitória do adversário, comparando-o a Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, alvo de sanções econômicas dos EUA.

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