É complexo, é difícil e tem fortíssimo impacto ambiental, diz Marina Silva sobre a BR-319

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva - foto: reprodução/TV Câmara

Defensora do meio ambiente, Marina Silva, diz que não é favorável ao asfaltamento da BR-319 por seu fortíssimo impacto ambiental na região por onde passa a estrada. 


Mesmo antes de assumir o Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva, já deixou bem claro que não era favorável ao asfaltamento de trechos da BR-319. De acordo com ela, a área apresenta um alto índice de desmatamento e é necessário haver uma avaliação ambiental estratégica da região.

O posicionamento da ministra vai de encontro ao que vinha pregando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a campanha presidencial, uma das promessas de campanha do atual governo era, justamente, o asfaltamento da rodovia.

Licença prévia

Em maio deste ano, Marina Silva disse que os trabalhos na rodovia causaram altíssimo impacto ambiental. “As pessoas dizem que agora nós vamos ter uma estrada sustentável. Eu não sou economista, mas podemos perguntar se a BR 319 pode ser só uma estrada para as pessoas andarem de carro?”.

Segundo levantamento do Observatório do Clima, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento no entorno da BR-319 cresceu 122% de 2020 a 2022, após a concessão da licença prévia.

Quando analisado o período de 2010 a 2022, o último ano representa um recorde nas derrubadas de árvores e focos de calor na área próxima à estrada, que abrange 13 municípios do Amazonas e de Rondônia.

“Virou uma lenda de que era a ministra do meio Ambiente, que não deixava fazer a estrada. Eu saí em 2008 do Ministério do Meio Ambiente. Se esse empreendimento fosse fácil, se não tivesse altíssimo impacto ambiental, tivesse viabilidade econômica social, econômica, ambiental, se fosse fácil, é possível que tivesse sido feito”, disse diante de deputados, na Câmara Federal.

Ditadura

A BR-319, construída na ditadura militar, é considerada por cientistas e socioambientalistas, uma das maiores ameaças de devastação da Amazônia por dar acesso a uma das áreas de floresta mais conservadas da região.

 

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