As prefeituras municipais do Amazonas deixaram de receber mais de R$ 137 milhões referentes a emendas parlamentares, recursos para obras e demais trabalhos nos municípios do Amazonas, por falta de zelo dos deputados federais do Estado, em Brasília.
As demandas para os deputados federais chegaram a Brasília na última quinta-feira (12). No entanto, boa parte dos parlamentares já havia ido embora e nem autorizaram suas assessorias a assinarem o repasse do montante, através de assinatura eletrônica.
Dos oito membros da bancada amazonense, apenas o Delegado Pablo (PSL) não perdeu o prazo do orçamento para a assinatura das emendas destinadas aos municípios.
Pablo foi o único a aprovar emendas para as prefeituras de Rio Preto da Eva (a 79 quilômetros de Manaus) e Urucará (a 270 quilômetros da capital). Cada município recebe de R$ 6 milhões a R$ 20 milhões em recursos, dependendo da população.
Os demais deputados, o principal dele, o deputado Bosco Saraiva (Solidariedade), não ficaram em Brasília e nem mesmo designaram suas respectivas assessorias quanto a viabilização das emendas para o interior do Amazonas.
“A grande maioria dos municípios do Estado já vive à míngua e, a situação pode piorar no próximo ano com a ausência dos recursos”, comentou uma representante municipal (em áudio) que preferiu não se identificar.
“O deputado Bosco Saraiva, inclusive, chegou a conversar com um dos prefeitos do Amazonas e prometeu assinar os documentos. Porém, não cumpriu a palavra. Ele deixou Brasília sem deixar a equipe dele avisada sobre a emenda”, completou.
O dinheiro destinado para as prefeituras serve para investimento nas áreas de educação, saúde, obras e reformas de empreendimentos municipais, entre outras demandas.
Diante do ‘descaso’ com as verbas que já estavam destinada para os municípios, o assessor parlamentar Édson Sampaio concluiu que os interesses dos deputados, não estão em sintonia com os interesses da população dos municípios do Amazonas.
Ou seja, o dinheiro continua em Brasília, sem possibilidade de vir para o Amazonas, por desleixo dos deputados federais.
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