Desafios da ZFM são apresentados a alunos da Escola Superior de Guerra (ESG)

O Curso Superior de Defesa prepara civis e militares para se tornarem assessores de alto nível nos assuntos relacionados à Defesa.
O Curso Superior de Defesa prepara civis e militares para se tornarem assessores de alto nível nos assuntos relacionados à Defesa.
O Curso Superior de Defesa prepara civis e militares para se tornarem assessores de alto nível nos assuntos da Defesa.

Os novos desafios que a prorrogação do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) traz para o desenvolvimento regional nortearam os debates durante a palestra do superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira, no painel sobre a economia do Amazonas apresentado nesta terça-feira (29) a 177 alunos do Curso Superior de Defesa (CSD) da Escola Superior de Guerra (ESG), no Tropical Hotel Manaus (zona Oeste da cidade).
Thomaz Nogueira apresentou um breve histórico do modelo ZFM, lembrando que foi criado com o objetivo de integrar e desenvolver a Amazônia Ocidental, substituindo as importações no mercado nacional, além de gerar emprego e renda em uma área geograficamente afastada dos grandes centros econômicos do País. “Ano após ano constatamos os ganhos sociais, econômicos e ambientais que o modelo tem trazido para a região, seja com a arrecadação fiscal, seja com a manutenção da Universidade do Estado do Amazonas com os recursos oriundos do Polo Industrial de Manaus, seja com a preservação de 98% da floresta nativa do Amazonas, a partir de uma alternativa econômica que não depreda a natureza, entre inúmeros outros exemplos que podem ser citados”, afirmou Nogueira.


De acordo com o superintendente, a garantia constitucional dos incentivos fiscais do modelo até 2073 traz maior segurança aos investidores. “Com um horizonte de mais 50 anos, pode-se estudar agora a criação de uma plataforma de exportação, por exemplo. Mesmo sendo criado para substituir importações, o momento é de dar uma nova perspectiva ao modelo”, disse.

Logística
Os gargalos logísticos continuam sendo um desafio a ser superado pelo Polo Industrial de Manaus (PIM). “Há pelo menos uma década, nós discutimos uma saída para o Pacífico com algumas alternativas, uma delas é Manta, no Equador, que utiliza a navegabilidade do rio Amazonas, mas precisa de um trecho de aproximadamente 200 quilômetros de rodovia para fazer essa integração, e também estamos discutindo com o governo peruano a utilização do porto de Paita. Essas alternativas são possíveis, mas as decisões precisam ser aceleradas pelo governo brasileiro para que tenhamos uma otimização nessa área”, explicou Nogueira.

Outro desafio, na visão do superintendente, é fazer uma indústria que necessite cada vez menos dos incentivos fiscais. “É um desafio enorme, mas vejo que o desenvolvimento do Amazonas está não na replicação de um modelo Zona Franca com um Polo Industrial em cada município, mas sim no desenvolvimento das potencialidades de cada região, através dos recursos minerais, turismo e outras vocações que o Estado possui”, observou.

Além de Nogueira, o painel contou com a presença do governador do Amazonas, José Melo; do terceiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fieam), Nelson Azevedo ; e do secretário de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Regional, Airton Claudino.

O CSD é constituído pelos alunos dos cursos de Altos Estudos das Forças Armadas, oriundos das Escolas de Guerra Naval (EGN), do Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) e do Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (Ecemar), além dos estagiários da Escola Superior de Guerra.

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