Eduardo Braga em campanha, ou limpando a imagem arranhada?

Ex-ministro Eduardo Braga (PMDB)

Os últimos acontecimentos dão a entender, que o senador Eduardo Braga (PMDB) está em plena campanha eleitoral. Não se sabe se é uma tentativa pessoal de se cacifar ao pleito eleitoral 2016, rumo à prefeitura de Manaus ou se estaria pavimentando pré-candidaturas de seus coligados PR, PP e um eventual PDT. Ou, se ainda estaria tentando dar uma polida na imagem, arranhada, por citação na operação Lava jato.


Em entrevista gravada recentemente por uma emissora de Manaus, Eduardo Braga fala em ajudar o Amazonas, se coloca à disposição do Estado, do Amazonas, se diz à disposição do governador José Melo. Quer auxiliar a base política, social e financeira do governo. Ele quer abraçar o governo Melo a título de ajudar o Amazonas.

Aí, fica a pergunta de um internauta: o que ele fez quando estava no Ministério das Minas e Energia? Só ajudou a população do Amazonas com um aumento médio, para clientes residenciais de 33% de reajuste e assustou os consumidores.

Nesse período, Eduardo se distanciou do Estado. Preferiu Brasília, onde tinha o controle do Ministério, da vaga no Senado e onde mantinha uma relação política mais ou menos favorável com a base do PMDB nacional.

Passados as intempéries políticas nacional, com a ascensão do vice-presidente Michel Temer à condição de titular do Planalto, Eduardo Braga não só perdeu o ministério das Minas e Energia, os próximos de 100 cargos na Eletrobrás Amazonas Energia, como se distanciou do núcleo do PMDB nacional, do qual não pertencia, por indefinição. Eduardo não se decidiu no momento exato, de qual lado estava, na hora da decisão do impeachment. Ou seja, esteve sempre em cima do muro.

Retocando a imagem

Por outro lado, Eduardo Braga também pode estar querendo “amenizar” o impacto deixado pela citação de seu nome em delação premiada, na operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por ter recebido propina da empreiteira Andrade Gutierrez.

Na lista de citados, segundo a revista Veja, foi entregue pelo presidente da construtora, Otávio Azevedo, em delação na Lava Jato, o estão ministro de Minas e Energia e ex-governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), e o senador e ex-governador Omar Aziz (PSD). Ambos seriam beneficiários entre R$ 20 e R$ 30 milhões de propina na obra da Arena da Amazônia.

Quando Eduardo volta à cena política para defender propostas e projetos de desenvolvimento do Amazonas, na brecha de uma pré-campanha eleitoral municipal, entende-se que esteja querendo “limpar a sua imagem” arranhada com a perda de poder no Governo Federal e com as sucessivas tentativas de voltar ao comando do Estado, por força de liminares, sem sucesso.

Eduardo, inclusive, andou lançando balões de ensaio, para medir sua aceitação em um provável lançamento de candidatura para a Prefeitura de Manaus. Não se sabe se recuou. Mas, ocupando espaço da mídia local, da maneira como está, dá a entender que ainda está buscando a resposta, se sai ou não candidato nessas eleições de 2016.

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