Em greve, supermercados amanhecerão fechados nesta véspera de Natal

Supermercados DB e outros amanhecerão em greve nesta sexta feira (23) - foto: recorte/arquivo

Três meses depois de muita conversa, negociações e tentativas de ter o repasse do reajuste salarial de 10,42% para os trabalhadores do ramo de supermercados, o Sindicato dos Supermercados e Atacadistas do Amazonas, resolveu parar todos os supermercados, entre eles, o DB, Baratão da Carne, Veneza, Açaí e outros, nesta sexta feira (24), até que o reajuste seja concedido.


A decisão partiu do presidente do Sindicato laboral, Amarildo de Souza Rodrigues, que apontou os supermercados DB como o principal culpado pelo ‘emperramento’ das negociações. “Todos os trabalhadores que trabalham em supermercados no Amazonas, tem direito de receber 10,42% de reajuste salarial e, se os patrões do ramo não quiserem pagar, a categoria vai cruzar os braços e o sindicato vai fechar os estabelecimentos por tempo indeterminado”, frisou.

Outros supermercados

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), Valdemir Santana, a paralização vale para todos os supermercados, como: Baratão da Carne, Veneza, Açaí e todos os outros que não querem pagar o reajuste salarial.

Valdemir diz que é um absurdo o que os donos de supermercados fazem no Amazonas. Eles ganham milhões de Reais por ano, exploram o trabalhador ao máximo, tem incentivo fiscais do empacotamento e não querem pagar o que é justo ao trabalhador. De acordo com ele, a CUT vai tomar todas as medidas cabíveis, judiciais, para forçar os patrões cumprirem a Lei.

Presidente do Sindicato e da CUT negociando com os patrões e a pressão sendo feita na rua, fora do estabelecimento – foto: divulgação

Refeitórios

Além do trabalho explorativo, com funcionários cumprindo jornada de trabalho exaustivas, eles ainda são obrigados a comerem em pé, e às carreiras, em refeitórios irregulares, em ambientes sujos e mal cuidados.

A única exigência do Sindicato da categoria é o INPC acumulado de 10,42% para os trabalhadores e implementar o plano odontológico. “Só queremos isso. Nós não queremos incomodar a população. Ela também é explorada porque compra a cesta básica mais cara do Brasil”, afirma Valdemir Santana.

Limite    

O limite da categoria chegou ao fim. Hoje (23) tanto o presidente do Sindicato, Amarildo Rodrigues e o presidente da CUT-AM, Valdemir Santana estiveram na direção do Sindicato patronal para avisar que se eles não pagarem o reajuste hoje, amanhã as Redes de supermercados vão amanhecer fechadas.

“Não é justo o trabalhador vender alimentação para os outros e não poder comprar alimentação para a sua família, porque o salário não dá para fazer isso”, finalizaram.

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