Empresas dos transportes Especial estão sendo inseridas no SPC e Serasa

A crise acertou em cheio o setor dos transportes de fretamentos na capital amazonense. Esse setor é responsável por mais de 90% do transporte de trabalhadores para as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM).


A crise é tão avassaladora, que de setembro de 2015 a janeiro de 2016, próximos de 800 motoristas perderam seus empregos, porque as empresas de transportes encolheram as suas atividades e diminuíram as rotas do fretamento para as indústrias.

Não é uma denúncia alarmista, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Especial, William Enock. Ele confirma que o reflexo das demissões de trabalhadores de outros sindicatos, principalmente, os Metalúrgicos no Polo Industrial de Manaus têm afetado, de morte, outros setores de apoio às indústrias e, os transportes é um deles.

A empresa Tema, uma das maiores do fretamento em Manaus, demitiu 46 motoristas em Janeiro. Cada motorista demitido, significa menos uma rota operando no Distrito Industrial e mais ônibus parados nas garagens.

Só no mês de janeiro de 2016, 183 motoristas homologaram suas rescisões contratuais no Sindicato. De acordo com Enock, hoje existem 33 empresas em dívidas com o Sindicato e todas elas estão sendo inseridas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa, pelo próprio Sindicato. Algumas empresas devem mais de R$ 20 Mil, alegando falta de condições de pagamento.

O Sindicato está filiado à Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL), com direito ao trabalho de inserção dos inadimplentes, que agora ficam impedidos, inclusive, de participar de licitações e acesso ao crédito.

Enock espera o reaquecimento do setor dos transportes, nos próximos meses. Ele, no entanto, não vê nada que sinalize melhoras e recuperação das vagas de emprego perdidos nos últimos três meses, mas acredita que medidas adotadas pelo governo e os investimentos a serem feitos pelos chineses, venham melhorar esse quadro.

O próprio Sindicato dos Metalúrgicos vem torcendo para o reaquecimento das vendas dos produtos e a instalação de novas indústrias no PIM. Sem vendas e sem investimentos, as indústrias que operam atualmente no DI tiveram que demitir mais de 28 Mil trabalhadores em 2015 e com perspectivas de mais demissões para 2016.

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