Enterros não autorizados de bebês Yanomami deixam mães desesperadas

Dois bebês indígenas, vítimas da Covid-19, foram enterrados sem a autorização das famílias em Boa Vista, Roraima. Os bebês teriam saído da aldeia para fazer outros tratamentos de saúde e acabaram sendo infectados pelo coronavírus.


A situação causou desespero nas mães, que foram ao Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-Y). Elas pedem ajuda do governo federal para recuperar os corpos e cumprir um ritual indígena.

O desejo é levar as meninas para serem cremadas na floresta e depois cuidar das cinzas durante um ano, até que chegue a hora de fazer o ritual tradicional. Outro bebê indígena também teria sido enterrado no Cemitério Campo da Saudade, em Boa Vista. O caso está sob cuidados do Ministério Público Federal (MPF).

Uma das crianças era recém-nascida e foi internada em uma unidade de saúde administrada pelo governo federal. A mãe da criança teve complicações no parto.

O outro bebê estava com suspeita de pneumonia grave, mas não tinha sintomas de covid-19. Ele era venezuelano e pertencia à comunidade Awaris.

A Terra Yanomami,é o maior território indígena do país, dividido entre Roraima e o Amazonas. Mais de 26 mil indígenas vivem na região. O local é alvo da invasão de garimpeiros e autoridades temem que os invasores levem o coronavírus para a região e causem genocídio dos Yanomami.

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