Estudante da Baixada Fluminense é aprovada em 30 universidades dos EUA

Foto: Reprodução

Uma jovem estudante de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi aprovada em 30 universidades dos Estados Unidos e até conseguiu bolsa de estudos. Agora, Lorena Drumond Teles, de 19 anos, está juntando dinheiro para conseguir se sustentar lá fora.


Lorena é motivo de orgulho para a família e professores.

“Muito solidária com os colegas. Quando eu passava algum texto, passava algum assunto, discutia alguma questão em sala, ela sempre participava. E a Lorena ela tem uma característica assim, ela pega rápido as questões. É uma aluna muito perspicaz”, disse Marcello de Moura Coutinho, professor de sociologia.
Para Tainah Silva Galdino, professora de biologia molecular, uma das características da jovem é a criatividade.

“Lorena sempre foi muito criativa, dinâmica, curiosa, inteligente que só. Ela dentro de sala de aula e no laboratório, cada vez mais aguçada por querer saber mais”.

Lorena conta que o seu sonho desde pequena é fazer faculdade nos Estados Unidos.

“Eu queria fazer high school lá fora, que é o ensino médio, mas como tudo ficou muito, a rotina ficou muito boa, eu preferi cursar aqui e tentar fazer o meu sonho para a faculdade, para a graduação, porque também é bem melhor para arrumar emprego. As pessoas consideram um pouco mais, apesar das faculdades aqui serem muito boas também”.

A jovem estudou como bolsista em um colégio particular. Depois, fez o ensino médio em uma escola politécnica federal, dentro da Fiocruz, e se formou em biotecnologia. Além disso, também fez 6 anos de inglês com bolsa de estudos.

Atualmente, ela dá aulas particulares para ajudar a mãe em casa.
“É determinada, tem uma força de vontade incrível pelo desenvolvimento. Toda a trajetória em relação à vida estudantil foi, realmente, muito dedicada. Então, não me surpreende ela estar nessa conquista”, diz Sandra Drummond, mãe de Lorena.

A estudante se candidatou e passou para 30 universidades norte-americanas. Ela escolheu a que dava uma bolsa de estudos maior, além de ser melhor conceituada em ciência da saúde — graduação que ela pretende cursar.

Agora, Lorena precisa conseguir o dinheiro para pagar moradia e alimentação na universidade. Ela já conseguiu juntar R$ 5,5 mil com vaquinhas, mas precisa de mais R$ 4,5 mil para completar uma das parcelas, de R$ 10 mil. O custo total é de R$ 120 mil.

“O meu crescimento não é só para mim. É para mim, para os meus alunos e para as pessoas que eu consigo ajudar. Me faz estar mais próximo de poder ajudar outras pessoas que tenham essa curiosidade, não só de estudar fora, mas de expandir o conhecimento delas e de crescer um pouco mais na vida, independente de onde elas vierem”.

O objetivo da jovem é adquirir experiências e muito conhecimento para passar adiante, como sempre fez, tanto em projetos sociais quanto dentro de casa, ajudando a irmã Gabrielle a estudar. No futuro, Lorena quer trabalhar com pesquisas para a cura do Alzheimer, doença que sua avó teve.

“Acho que a ciência, ela tem que ser fomentada, e acho que a Lorena vai ser uma excelente produtora de conhecimento. Ela vai para fora, mas eu tenho uma forte sensação que ela tem raízes fincadas aqui, muito bem estabelecidas”, disse Flávio Paixão, professor de parasitologia na Escola Politécnica Federal onde Lorena estudou.

Fonte: G1

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