Evo Morales sofre primeira derrota eleitoral, em dez anos

Morales registra seu voto no referendo de ontem/Foto: Divulgação

Resultados preliminares e projeções de institutos privados, apontam que o presidente da Bolívia, Evo Morales, sofreu sua primeira derrota eleitoral, em 10 anos.
A Bolívia foi às urnas, ontem, domingo, em um referendo, convocado para decidir pela modificação ou não de artigo da Constituição do país que determina que presidentes do país só podem concorrer a uma reeleição.


Com 72,5% de votos apurados, o TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) do país anunciou que o “não” vencia com 56,5%, enquanto a opção pelo “sim” chegava a 43,2%.

Segundo estimativas de institutos de pesquisa de opinião, o percentual do voto “não” deverá ficar entre 51% e 52,3%.

Porta-vozes do governo da Bolívia descartavam uma declaração oficial sobre o referendo na madrugada de segunda-feira, devido à margem apertada na votação. Afirmavam que havia uma situação de “empate técnico”.

Líderes da oposição, por outro lado, já deram declarações celebrando os resultados do referendo.
Festa prematura?

Em entrevista coletiva em La Paz, o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, diisse que projeção do instituto Ipsos Mori indicava um “claríssimo empate técnico eleitoral” e que “metade do povo boliviano optou pela modificação da Constituição”.

Para o vice-presidente, as comemorações (da oposição) são prematuras – ele disse que os números iriam se modificar de “maneira drástica”, porque as pesquisas não consideram votos no exterior e de comunidades rurais, onde o governismo, disse ele, “sempre tem maior pontuação”.

A consulta teve como objetivo verificar se os bolivianos estão de acordo com uma mudança na Constituição para que Morales possa se candidatar nas eleições presidenciais de 2019. Ao todo, 6,5 milhões de pessoas estavam habilitadas a votar.

O presidente pretende concorrer e prorrogar sua estadia no poder até 2025. Caso seja derrotado no referendo, sua gestão irá até janeiro de 2020.

Morales iniciou seu governo em janeiro de 2006 – e cumpriu uma década no poder no mês passado.(UOL)

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