Exame de sangue simples poderá prever risco de infarto, revelam pesquisadores

Foto: Recorte

Pesquisadores da Suécia estão avançando na criação de uma ferramenta revolucionária que pode prever o risco de infarto até seis meses antes que ele ocorra, tudo através de um simples exame de sangue. Essa inovação promete ser um divisor de águas no campo da saúde cardiovascular, ajudando a identificar pacientes que necessitam de tratamento preventivo contra ataques cardíacos.


O estudo, conduzido por cientistas suecos, analisou amostras de sangue de mais de 169.000 indivíduos previamente saudáveis. Destes, 420 sofreram um primeiro ataque cardíaco nos seis meses seguintes à coleta das amostras. Comparando o sangue dessas pessoas com o de 1.598 indivíduos saudáveis, os pesquisadores identificaram 90 moléculas associadas ao risco de infarto. Os resultados, publicados na revista Nature Cardiovascular Research em 12 de fevereiro, mostram a promessa dessa abordagem.

Segundo Johan Sundström, autor do estudo e professor de epidemiologia na Universidade de Uppsala, na Suécia, as amostras de sangue já existentes na área da saúde são suficientes para prever o risco de infarto. A ferramenta em desenvolvimento pode utilizar dados como níveis de colesterol, circunferência da cintura, peso do paciente e outros detalhes clínicos obtidos em exames de rotina para determinar o risco individual de um infarto iminente.

O objetivo principal dessa tecnologia é motivar as pessoas a iniciarem tratamentos preventivos contra o infarto. Sundström explica que a conscientização do risco iminente pode aumentar a motivação para adotar medidas preventivas.

Embora a ferramenta ainda não esteja disponível para o público em geral, ela será inicialmente destinada à comunidade científica e aos profissionais de saúde interessados. Os pesquisadores planejam estudar mais a fundo as cerca de 90 novas moléculas identificadas para entender melhor seu papel e possíveis oportunidades de tratamento.

“Agora, nosso próximo passo é avaliar a eficácia da ferramenta em um estudo local, aqui em Uppsala, para verificar se ela realmente motiva as pessoas da maneira desejada”, conclui Sundström.

Fonte: CNN Brasil

 

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