Amaturá (AM) – A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) da Prefeitura de Amaturá, município localizado a 1.106 quilômetros de Manaus, região do Alto Solimões, situado entre os municípios de Santo Antônio do Içá e São Paulo de Olivença, está encontrando dificuldades em conseguir o transporte para Manaus de um filhote de peixe-boi apreendido há dez dias.
O filhote é uma fêmea pesando aproximadamente 18 quilos e com sete meses de existência foi apreendido no último dia 17 de julho. O secretário municipal de Meio Ambiente, Reyner Omena Júnior entrou em contato no mesmo dia da apreensão com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) para o transporte. Recebeu como resposta a informação que o órgão não dispunha de logística de transporte.
A apreensão do filhote ocorreu após denúncia do cidadão. Segundo apurou a Sema, o peixe-boi foi vendido por um indígena da Comunidade Tikuna de Maraitá por R$ 250 reais a um agricultor que pretendia criar o animal em um pequeno açude, cuja legislação proíbe a criação doméstica de animais silvestres. O peixe-boi é um espécime ameaçado de extinção devido a captura predatória exercida há décadas.
Como não dispõe de instalações, o filhote está sendo mantido em uma residência, cuja a moradora ficou na condição de fiel depositária.
O filhote é mantido em condições precárias em uma caixa d´água. Diariamente funcionários da Sema complementam a alimentação do animal duas vezes ao dia com mamadeira, bem como medicação por orientação do veterinário Anselmo D`Affonseca.
A Prefeitura de Amaturá não dispõe de recursos para o transporte do filhote que requer uma série de cuidados especiais para o translado. Segundo Reynier Omena Júnior, a dificuldade está na localização de Amaturá, cujo acesso é somente via fluvial. Ele explicou que o animal teria que ser levado até a cidade de Tabatinga que dispõe de aeroporto. (Foto: Eduardo Gomes)
