Fechamento arbitrário pode romper barragem do Lago de Balbina, apontam técnicos

Técnicos ambientais e da Eletronorte temem rompimento da barragem da UHE Balbina - foto: recuperada/vídeo

A decisão da prefeitura de Presidente Figueiredo em entrar com liminar na justiça para suspender a vazão programada das águas da Usina Hidrelétrica de Balbina (UHE-Balbina), no Rio Uatumã, poderá ter consequências graves, comprometendo inclusive, o rompimento da barragem com fortes danos ambientais e prejuízos incalculáveis


O alerta é de técnicos da área e funcionários da Eletronorte, que vem monitorando o excesso de água e informando às autoridades sobre a necessidade de aumentar a vazão da UHE-BALBINA. Devido o acúmulo das águas no Lago neste período de chuvas intensas na região, eles temem que o excesso possa romper a barragem e causar sérias inundações na região, ao longo do Rio até próximo à cidade de Rio Preto da Eva.

Decisão arbitrária

Em reunião gravada em vídeo, ocorrida no início desta semana, entre o engenheiro Milton Menezes, a Defesa Civil do Amazonas e de Presidente Figueiredo, secretaria de Meio Ambientes e Bombeiros, ficou claro que o juiz Roger Luiz Paz de Almeida ‘contrariou’ o planejamento da Eletronorte. “Ele suspendeu arbitrariamente o aumento programado da vazão do vertedouro da UHE-BALBINA”, informaram os técnicos durante a reunião.

Vídeo da reunião feito de forma amadora

O certo é que fechamento das compotas vai trazer consequências danosas para a barragem. A preocupação dos técnicos é que, enquanto a liminar estiver valendo, mais água vai se acumular no Lago e, quando tiver que abrir as compotas, o volume de água será maior do que anteriormente e poderá comprometer a estrutura da barragem, assim como, o leito do rio e seus afluentes.

Para especialistas da área, a prefeitura municipal de Presidente Figueiredo através do seu corpo jurídico, não informou ao juiz sobre o que foi conversado nas reuniões técnicas, incluindo as defesas civis municipal e estadual e tampouco solicitaram informações da Eletronorte sobre os procedimentos discutidos e acordados nesses encontros.

Devido às fortes chuvas que ocasionarão a abertura das comportas da usina Hidrelétrica de Balbina, o CECMA está emprestando embarcação de patrulha de esquadra e dois motores de popa de 20 HP e 40 HP – foto: recuperada

Primeiros transtornos

O Ramal da Morena já vem sofrendo pelo peso da decisão do juiz Roger Luiz Paz de Almeida e da Prefeitura de Presidente Figueiredo, ele está intrafegável devido atoleiros em quase todo seus 36 Km até o Alfredinho e o PDS Morena. A subida do nível das águas do Lago, consequentemente, vai decretar o estado de calamidade pública na região.

A Usina Hidrelétrica de Balbina (UHE) é uma hidrelétrica no rio Uatumã, localizada na parte nordeste do Estado do Amazonas, sob a jurisdição do município de Presidente Figueiredo.

A má gestão da prefeita Patrícia Lopes (MDB) está levando pânico e insegurança para todo o município de Presidente Figueiredo.

Alerta máximo

Notícia de última hora, que chegou ao Portal Correio da Amazônia, é que as compotas do reservatório da mineradora do Pitinga serão abertas. Com isso, o nível das águas do lago de Balbina vão aumentar muito mais rápido.

“Se o Juiz e a prefeita de Presidente Figueiredo não derrubarem a decisão, eles poderão ser responsabilizados pelos danos que um rompimento poderá causar em toda a região”, alertam técnicos da Eletronorte.

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