Fucapi quer difundir Guaraná de Maués com selo mais protegido

Sebrae-AM e Fucapi trabalham para obter registro (selo) de indicação geográfica para o produto típico do município amazonense.
Sebrae-AM e Fucapi trabalham para obter registro (selo) de indicação geográfica para o produto típico do município amazonense.

Após verificar a necessidade de proteção do Guaraná proveniente da região de Maués, o Sebrae-AM utilizou a consultoria especializada do Núcleo de Tecnologias Ambientais da Fucapi para iniciar diversas ações no município com a finalidade de obter o registro (selo) de Indicação Geográfica do Guaraná de Maués.
O objetivo do projeto é caracterizar a guaranicultura no município de forma a demonstrar suas particularidades e aptidão para a demarcação regional. No mundo todo, algumas regiões são conhecidas devido a seus produtos e serviços, tais como a cachaça de Paraty, o vinho do Rio Grande do Sul e o queijo de Minas Gerais.
E no Amazonas o Guaraná de Maués e muito difundido. Diversos estudos relacionados a esta cultura e à região constataram a importância do produto para o Estado e para o Brasil de uma forma geral. Em torno do Guaraná, gravitam tradição, cultura das famílias produtoras, tecnologia de manejo, beneficiamento e toda uma história desenvolvida durante séculos de demanda crescente de mercado que garante a exploração comercial tanto no Brasil quanto no exterior.
A coordenadora do projeto na Fucapi, engenheira agrônoma Hellen Medeiros, diz que os produtos agrícolas brasileiros reconhecidos com a certificação de Indicação Geográfica (IG) possuem maior potencialidade de inserção no mercado internacional, com melhores preços e condições de competitividade. “Maués se destaca por alcançar teores de cafeína e qualidade do produto em geral que são únicos no Brasil e no Mundo”, explica.
Segundo o Instituto Nacional de Proteção Industrial (Inpi), a IG delimita a área de produção, restringindo seu uso aos produtores da região, onde, mantendo os padrões locais, impede que outras pessoas utilizem o nome da cidade e do guaraná em produtos ou serviços indevidos.
A coordenadora assegura que todas as etapas do projeto serão concluídas em 2015. Participam da iniciativa todas as associações de produtores de guaraná de Maués. “Para a adequação dos sistemas de produção às Boas Práticas Agrícolas e de Fabricação foram estabelecidos padrões. Além disso, foi feito um cadastro de 150 produtores, que foram treinados para se adaptarem ao novo sistema”, comenta Hellen Medeiros.
(Assessoria Fucapi – Paulo Roberto Pereira)


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