Google demite 28 que protestaram contra acordo com Israel

Manifestantes exigem que Google encerre contrato de nuvem com Israel — Foto: Reuters

O Google anunciou hoje a demissão de 28 funcionários que participaram de protestos contra um contrato da empresa com o governo de Israel. Os protestos foram organizados pelo grupo No Tech For Apartheid, que defende a criação de um Estado da Palestina e pede o encerramento do contrato de US$ 1,2 bilhão, conhecido como Projeto Nimbus, que prevê a prestação de serviços de computação em nuvem ao governo israelense.


Os funcionários foram demitidos após realizarem manifestações dentro dos escritórios do Google em Nova York e Sunnyvale, onde ergueram cartazes com mensagens como “Não ao genocídio com fins lucrativos” e “Nós estamos com os Googlers palestinos, árabes e muçulmanos”. O grupo também invadiu o escritório do CEO do Google Cloud, Thomas Kurian, como parte do protesto.

A No Tech For Apartheid criticou as demissões como uma retaliação por parte do Google, alegando que a empresa valoriza mais seu contrato milionário com o governo israelense do que seus próprios funcionários.

Pronunciamento do Google

Um porta-voz do Google afirmou que os protestos “faziam parte de uma campanha de longa data de um grupo de organizações e pessoas que em grande parte não trabalham” na empresa.

“Um pequeno número de funcionários manifestantes invadiu alguns de nossos escritórios. Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas e um comportamento completamente inaceitável”, disse o porta-voz.

Segundo ele, os manifestantes foram retirados dos escritórios depois de se recusarem a deixar as instalações, e a empresa continua investigando o caso. O Google Cloud “apoia vários governos em todo o mundo, incluindo o governo israelense”, afirmou o porta-voz.

Contrato com Israel

O Google Cloud firmou um acordo com Israel em 2021 para fornecer serviços de nuvem pública em setores como saúde, transporte e educação. No entanto, protestos surgiram após a Time publicar um artigo revelando que o Ministério da Defesa de Israel era cliente da empresa. Segundo a Time, o Google forneceu acesso seguro à infraestrutura de computação, incluindo serviços de inteligência artificial. O Google afirmou que esse trabalho não envolve cargas de trabalho militares sensíveis, mas a organização No Tech For Apartheid contesta, alegando que o contrato com os militares israelenses aumentou durante conflitos recentes e que o Google desenvolveu ferramentas personalizadas para o Ministério da Defesa de Israel.

Fonte: Veja

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