Governo de Rondônia apoiará Bolívia em testes rápidos de HIV e hepatites virais

Rondônia estenderá ao Departamento do Beni [Amazônia Boliviana] ações das unidades do Serviço Ambulatorial Especializado, destinadas aos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C.O secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, definirá com o Ministério da Saúde recursos e a extensão às ações de fronteira, informou nesta terça-feira (4) o coordenador do Núcleo Estadual de Doenças Sexuais Transmissíveis na Agência Estadual de Vigilância em Saúde [Agevisa], biomédico Natanael Costa Arruda.


 

Na semana passada, ele se reuniu em Guayaramerín com a Equipe Farmoterapêutica do Ministério da Saúde. É admirável a força de vontade dos profissionais de saúde bolivianos, mas eles ainda são dependentes de insumos, disse Arruda.

As próximas reuniões com a equipe do país vizinho ocorrerão nos dias 29 e 30.

Da população mundial, 2 bilhões de pessoas têm hepatites B e C [destes, 90% têm cura]. A hepatite B não tem cura, mas tem vacina. Entre 25% e 40% desenvolvem insuficiência hepática ou cirrose, ou seja, de 350 a 400 milhões adquirem hepatite crônica, informou a enfermeira do Núcleo Estadual de DST, Cleidineia Amaral.

Segundo ela, dentro de um mês o Centro de Pesquisa em Medicina Tropical [Cepem] da Secretaria Estadual de Saúde [Sesau] concluirá o levantamento de prontuários de pacientes, que incluem pessoas transplantadas de rim ou fígado, cujos dados não constam no Sistema de Notificação de Agravo [Sinan]. Apenas 50% desses pacientes são conhecidos.

O Cepem não notifica, cabendo à atenção básica [unidades de pronto atendimento] providenciar diagnósticos. Por exemplo, não havia preocupação com a hepatite B oculta, mas o ministério já determinou investigação e o estado vai inserir protocolo de diretrizes terapêuticas para a vigilância, adiantou.

COBERTURA TOTAL

Presente em 206 hospitais e maternidades em 52 municípios de Rondônia, os testes rápidos de Aids, sífilis, e hepatites virais mobilizam até quarta-feira (5) mais um grupo de profissionais de saúde. Eles também estarão aptos a assinar laudos, entregando o resultado ao usuário em menos de uma hora. Desde 2011, essa capacitação se tornou rotineira na Agevisa. O curso atual, ministrado 13 a 15 vezes por ano, é o 59º. Em 2014 a Sesau totalizou 429 mil testes. Gestantes têm prioridade na primeira consulta durante o exame pré-natal. Quanto antes ele for feito, é melhor: se positivo, evita-se a transmissão vertical, abortos, natimortos e sequelas. Sífilis, por exemplo, provoca baixo peso do recém-nascido, explicou Arruda.

Mensalmente, ou quando há emergência, um caminhão refrigerado entrega material [preservativos masculino, feminino e gel lubrificante] e insumos nas regionais de saúde de Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente medicamentos ao paciente soropositivo recém-diagnosticado. Segundo Arruda, dessa maneira o portador mantém a carga viral suprimida, evitando que transmita o vírus a alguém e que venha a óbito.

(Folha de Vilhena)

 

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