Governo de SP isenta tarifa para abertura de novas empresas

Foto: Divulgação

Objetivo é estimular a economia e a abertura de novos negócios; medida ficará vigente até 23 de outubro


O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou a isenção de taxas estaduais para a abertura de novas empresas até 23 de outubro. A medida pretende estimular a retomada econômica, a atividade empreendedora e reduzir os impactos da pandemia sobre os empregos e a renda da população, de acordo com a fala do governador em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

A suspensão da cobrança de abertura na Junta Comercial do Estado de SP (Jucesp) é válida para empresas classificadas como Limitada (LTDA), Empresário Individual por Responsabilidade Limitada (EIRELI), Sociedade Anônima (S/A), Empresa Pública, Empresário Individual (EI) e Sociedade Cooperativa.

Na ocasião em que anunciou a medida, Doria aproveitou também para divulgar dados sobre o assunto. Apenas em julho, 21.688 empresas foram abertas em São Paulo, segundo informações da Jucesp. O volume é equivalente a um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2019, quando 20.187 empresas foram registradas..

O número bateu o recorde de fevereiro, mês até então com o maior número de aberturas de novas empresas, com 18.042. “É um recorde histórico. É um bom sinal. É um sinal de que gradualmente a economia de São Paulo está se recuperando”, afirmou Doria.

Saldo do período

A conta que envolve empresas abertas e fechadas em julho também ficou positiva, com mais negócios em início do que finalizados. O saldo foi de 10,7 mil empresas abertas a mais do que empresas fechadas. Esta é a primeira vez que o saldo é positivo após a intensificação das medidas restritivas para tentar conter os casos de coronavírus.

Entre abril e junho, o saldo havia sido menor do que nos mesmos meses do ano anterior. Agora, a diferença entre aberturas e fechamentos foi 9% maior do que no mesmo período do ano passado.

Lojas virtuais

A maior parte das empresas abertas em julho faz parte do setor de comércio, automotores e bicicletas (30,5% do total). Assim, a medida e a fala de Doria chegam ao mesmo tempo em que o e-commerce brasileiro atinge mais marcas históricas: em agosto, o Brasil chegou à marca de 1,3 milhão de lojas virtuais registradas.

O volume corresponde a uma alta de 40,7% nos últimos 12 meses em relação ao mesmo período de 2019. Esse é o maior crescimento desde 2015. Os dados foram extraídos da 6ª edição do levantamento “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, feita pela PayPal em parceria com a BigData Corp.

O salto nos números do e-commerce também são um reflexo da pandemia e da busca dos empresários por novas estratégias de negócio e, mais do que isso, pela continuidade do trabalho, mesmo em meio ao isolamento social. Com técnicas aprendidas, muitas vezes, em uma faculdade de Administração ou em cursos livres, eles conseguiram migrar das lojas físicas para as virtuais, além de garantir presença nas redes sociais.

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