

O “Brasil de fato” continua bem distante do “Brasil sonhado” ou vendido na propaganda oficial. Tanto é que, depois de quatro anos da legislação aprovada em 2010, apenas cerca de 10% dos municípios brasileiros conseguiram solucionar o problema dos seus lixões.
Quer dizer, na prática, tudo continua praticamente na mesma e os lixões a céu aberto permanecem incomodando a vida de muita gente, principalmente no interior do Amazonas, porque as administrações municipais estão com o pires na mão e não dispõem dos recursos necessários para solucionar o problema.
Terminou neste domingo, dia 3, o prazo estabelecido pela Lei 12.305 para os municípios se adequarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos, extinguirem lixões e criarem aterros sanitários. Mas, parece que quase ninguém deu muita atenção para a questão.
Quer dizer, a conduta revela de forma clara que ninguém acredita muito mesmo nesse negócio de responder, judicialmente, por crime ambiental pelo não cumprimento dos parâmetros básicos para coleta, reciclagem e destinação do lixo.

Diante de tal questão, caberá ao novo governador avocar tal responsabilidade e promover as ações necessárias para que, no Amazonas, a legislação seja cumprida e o quadro alterado em curto espaço de tempo.
Que tal ajudar as administrações municipais para que elas possam colocar em prática programas de coleta seletiva e de inclusão desses profissionais no sistema tradicional?
O primeiro passo é promover a separação dos resíduos secos e úmidos. Depois, isolar os resíduos secos em tipos específicos, como vidro, plástico e papel.
O Amazonas não pode se dar ao luxo de esquecer o lixo, afinal, ele pode ser reaproveitado e gerar milhares de ocupações econômicas e mais dignidades a muitas famílias.