A memória do povo manauara dura no máximo seis meses. Esse é o prazo que uma parcela significativa das pessoas conseguem lembrar o que um prefeito fez pela cidade, ou deixou de fazer.
Diante dessa certeza, os políticos que almejam ocupar o “lucrativo cargo” de prefeito de Manaus, ou que tenham saído dele em um período recente, trabalham. Entre eles, o atual candidato a governador nessas eleições suplementares Amazonino Mendes (PDT).
Quem se lembra da cidade de Manaus no período de 2008 a 2012? Tenho certeza que pelo menos 2/3 dos 318.182 eleitores que votaram em Amazonino Mendes não se lembram. Ele foi prefeito nesse período e a cidade ficou em frangalhos, no seu mandato.
Quem ainda se lembra que na gestão de Amazonino Mendes a cidade ficou coberta de buracos, barrancos desabando por todos os bairros periféricos ao ponto de ele mandar uma senhora vinda do Estado do Pará morrer soterrada. O famoso “Então Morra” dito por ele, não foi lembrado, sequer, pelos paraenses.
Amazonino deixou o transporte urbano sucateado, as casinhas da saúde sem equipamentos e muitas delas foram fechadas. A construção de 1.000 creches prometidas por ele em campanha, não passaram de cinco. As torneiras da Zona Leste secaram, obrigando as pessoas a carregarem água em latas pelas ruas dos bairros, os ônibus viviam quebrando pelos trajetos, obrigando as pessoas a chegarem atrasadas no trabalho.
Amazonino envelheceu. Tem quase 80 anos de idade. Não é aquele que construiu o Calçadão da Ponta Negra nem a UEA. A juventude passa, o fôlego também, tanto, que ele já não pode sequer falar por muito tempo (falta-lhe ar), fôlego e se ganhar as eleições suplementares pode passar mais tempo em tratamento, que governando o Estado e, o que é pior: deixaria a prefeitura para o sempre aventureiro Bôsco Saraiva.
Pergunta-se: como é possível ele “arrumar a casa” agora? Justo em um período que o Brasil passa por séria recessão econômica e que até o aliado dele, o atual prefeito Arthur Neto do PSDB de Aécio Neves, não está conseguindo sequer fazer a operação tapa buracos, muito menos resolver o problema dos transportes coletivos de Manaus. Detalhe: os dois são aliados de ocasião.
Então…..morra!!!!