Ministro Jungmann: Reforma da Previdência não atingirá Forças Armadas

Jungmann diz que reforma para militares só em 2017/Foto: AgBr

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou durante uma reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, hoje, terça-feira (22), que a reforma previdenciária no âmbito das Forças Armadas, só deve ser discutida após a dos servidores civis e do INSS.
Respondendo vários deputados que criticaram a remuneração atual dos militares, o ministro Raul Jungmann disse que o presidente Michel Temer deverá enviar projeto de lei ao Congresso para rever os salários em 2017. Segundo ele, um general quatro estrelas ganha líquido R$ 15 mil, o que seria bem menos que o topo de várias carreiras civis.


Para Raul Jungmann, é necessário ter a guarda nacional vinculada às Forças Armadas para evitar uso dos militares nas crises de segurança pública.

Jungmann diz que reforma para militares só em 2017/Foto: AgBr
Jungmann diz que reforma para militares só em 2017/Foto: AgBr

O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse que os militares sabem que terão que contribuir na futura reforma da Previdência. Mas destacou que é preciso trabalhar com as especificidades das Forças Armadas.

Segundo Villas Bôas, os militares atuam como tripulação de navios por vários meses, distribuem água no interior do Nordeste e lidam com outras situações que não respeitam as jornadas de trabalho dos servidores civis. Ele citou ainda a atuação dos militares nos Jogos Olímpicos do Rio, quando um soldado ganhava R$ 30 por dia, enquanto um membro da Força Nacional, R$ 550.

Previsibilidade de recursos

Em relação ao Orçamento, Villas Bôas explicou que, mais importante que o montante dos recursos, é a previsibilidade. Segundo ele, com os cortes orçamentários, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) só deverá ficar pronto em 2035, quando a tecnologia usada já estará obsoleta. No caso do submarino nuclear, o ministro Raul Jungmann, disse que a previsão de término já passou de 2023 para 2027.

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) questionou o ministro sobre o que ela considera uma incompatibilidade entre a PEC 55 (Teto de Gastos) com a necessidade de investimentos no setor. Ela também cobrou uma posição do ministro sobre o projeto (PL 4059/12) que trata da liberação da compra de terras no Brasil por estrangeiros. Jungmann disse que pessoalmente é contrário, mas afirmou que este assunto não está na esfera da sua pasta.(iG/AC)

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