Mulher do prefeito de Coari e sua amiga íntima ganham sem trabalhar

Demonstrativo de pagamento/Foto: reprodução

Enquanto muitos pais de famílias trabalham e não recebem um salário mínimo sequer, a primeira dama do município de Coari, Eliete Melo Cameli é beneficiada com uma retirada de R$ 70 mil dos cofres públicos. Mas, ela não está sozinha nessa farra com o dinheiro da prefeitura gerenciada por seu marido, o prefeito Raimundo “Esplanada” Magalhães, pois a assessora de Magalhães, amiga íntima de Eliete e esposa do secretário municipal de Administração, Daniela Rodrigues Leite, recebeu R$ 76 mil.
Enquanto o prefeito chora “pitangas” e culpa a crise financeira, e outros gestores municipais, pelo não pagamento de salários, aluguéis, fornecedores e o estado de abandono que se encontra a cidade, os mais de R$ 20 milhões que o município recebeu no mês de maio, ninguém ainda sabe o paradeiro.


As duas não atuaram sozinhas para arrancar quase R$ 150 mil, de uma só vez, das contas públicas. O Observatório Social de Coari (OSC), recebeu cópias de documentos contidos nos processos Nº 3.228 e Nº 3.227, de Eliete e Daniela, respectivamente. Ambas protocolaram documento requerendo Reposição Salarial entre janeiro/2010 e abril/2016 a primeira, e de janeiro/2010 a outubro/2015 a segunda.

“Acontece que nenhuma das duas trabalhou nesse período”, denuncia uma funcionária da Secretaria de Administração, que prefere não ser identificada. No requerimento Eliete Cameli alega que foi afastada da função de Agente de Saúde Urbano “de forma irregular e por perseguições políticas de governos anteriores”. Ela apresenta como prova cópia de um decreto assinado em 15/09/97 pelo ex-prefeito Roberval Rodrigues.

Os dois protocolos foram registrados fora do horário de expediente (15h11 e 15h08), no dia 17 de maio e, no mesma tarde, tramitou em todos os departamentos – Diretoria Administrativa, Gabinete do Secretário e Diretoria de Pessoal – enquanto funcionários lutam meses pelo mesmo motivo e, com direitos, são destratados. “Essa Daniela era professora, mas passou muitos anos fora de Coari acompanhando o marido, que é funcionário do Banco do Brasil. Como ela quer salários atrasados, se não trabalhou?”, questiona um funcionário público.

Tudo indica que no apagar das luzes, no fim de uma administração desastrosa, incompetente e criminosa, ainda há espaço para armações, saques, golpes e outras artimanhas. O caso agora vai para o Ministério Público (MP) e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Capa de processos emitidos/Foto: reprodução
Capa de processos emitidos/Foto: reprodução

Requerimentos encaminhadas aos setores respectivos/Foto: Reprodução

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