Não precisamos e não queremos o ‘4º Poder’ no Brasil – por Valdemir Santana

Valdemir Santana - foto: Joab Ribeiro

Se o intocável e imexível presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, não tivesse mandato de 4 anos, não tivesse autonomia instituída pela Lei Complementar nº 179/2021, em 2021, o Brasil já teria voltado aos investimentos, aos empregos, ao mapa do desenvolvimento, à taxas de juros abaixo da expectativa do mercado.


A previsão de manutenção do perverso índice da taxa básica, a Selic, em 13,75% ao ano, pela 6ª reunião seguida, pode ser mantida na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dias 20 e 21 de junho, e isso é péssimo para o Brasil.

4º Poder

É preciso endurecer o jogo, demitir o presidente do BC, Roberto Campos Neto, se for preciso. O que não podemos é suportar mais um poder, o 4º Poder, além dos Três que já temos.

Pela nossa Carta Magna, a Constituição Federal de 1988, que deu início à luta pelos direitos humanos, pela liberdade, pela igualdade, pela democracia, pela incontestável lei sobre todos os fatores sociais, o Brasil possui Três Poderes da República – Legislativa, Executivo e Judiciário -, qualquer outros que tente impor-se a estes, são arranjos, arrotos de ditadura, tentativa de golpe.

O BC não pode estar a serviço do capital internacional, a serviço dos banqueiros amigos do ex-ministro Paulo Guedes, servindo a grupos de investidores em papéis, à política do que não deu certo e nem serviu ao Brasil.

Campos Neto tem que ser demitido!… Assim como se demite o trabalhador, que não está cumprindo com os objetivos e metas da empresa, da mesma forma, deve-se demitir o presidente do Banco Central, que trabalha contra o Brasil, contra os brasileiros e contra o desenvolvimento econômico da Nação.

Governo Lula

Não podemos admitir que depois de seis meses de governo Lula, o Brasil ainda viva resquícios da política econômica desastrosa do governo de extrema direita que se foi, sendo chantageado por um presidente de uma autarquia federal, que não aceita pedidos, sugestões e exposições de motivos do ministro da Economia, muito menos do presidente da República, dos senadores, dos deputados, dos empresários.

Roberto Campos Neto representa o inconsequente presidente derrotado nas urnas em 2022, ainda assim, quer levar o seu mandato até o fim de 2024. Se assim proceder, o 4º Poder estará instituído e, o Brasil e a Constituição, derrotados.

O Congresso, o Judiciário, o Executivo terão de se impor ou, os donos do Brasil, a população, comerciantes, prestadores de serviços, industriais, trabalhadores, deverão ir às ruas?

O Brasil não pode conviver com o modelo de economia derrotada e nem com seus praticantes no poder. O governo atual vem dando mostras de que o Brasil está se recuperando dos quatro anos de recessão, de desgoverno, de todo tipo de atrocidade.

A economia do País vem dando mostras de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), queda na inflação, melhora na qualidade de vida e investimentos em todas as áreas.

É hora de decidir que economia queremos para o nosso País. ‘Fora Campos Neto!… Fora capataz da senzala’…

Valdemir Santana, é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, da CUT Amazonas e do diretório municipal do Partidos dos Trabalhadores em Manaus.

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