Navio da Marinha enviado para o RS tem UTI e pode produzir até 20 mil litros de água potável por hora

Foto: Recorte

A Marinha do Brasil anunciou nesta segunda-feira (6) o envio do maior navio de guerra da América Latina para ajudar a população do Rio Grande do Sul.


A embarcação sairá da Base Naval do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8) com destino à cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho. A previsão é de três dias de viagem.

O Atlântico vai levar 8 embarcações de pequeno porte e 2 estações para tratamento de água ao Rio Grande do Sul, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora.

Além da capacidade de produzir água potável, o navio tem um centro médico – o segundo maior da frota da Marinha, ficando atrás apenas do Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia, que foi usado para atender às vítimas das inundações históricas.

“É apropriado para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais e de evacuação”, diz a Marinha, em nota.

Essa não é a primeira missão humanitária do Atlântico no litoral brasileiro. Em 2023, o navio foi enviado para São Sebastião para ajudar no socorro às vítimas da tragédia que devastou o Litoral Norte de São Paulo. O objetivo foi desafogar os hospitais da região, que priorizam casos mais graves.

Centro médico tem UTI, sala de cirurgia e laboratório

Segundo a Marinha, o navio opera, normalmente, com uma médica, uma dentista e seis enfermeiros que atuam em consultas ambulatoriais, inspeções de saúde e na preparação dos militares para as longas missões.

Em viagens, a necessidade a demanda dobra e o navio recebe o reforço de outros três médicos, sendo um cirurgião geral, um anestesista e um clínico geral, além de um oficial farmacêutico e mais cinco enfermeiros, dentre eles um técnico em patologia clínica.

A Marinha não informou qual é o tamanho do efetivo na operação no Rio Grande do Sul.

O navio tem:

• 🩺1 UTI com dois leitos;
• 🩺1 banheira termal para aquecimento ou resfriamento;
• 🩺1 sala de trauma para tratar cortes simples e curativos;
• 🩺1 centro cirúrgico para operações de urgência de pequeno e médio portes;
• 🩺1 consultório odontológico;
• 🩺1 laboratório;
• 🩺2 consultórios médicos;
• 🩺1 enfermaria com 8 leitos;
• 🩺1 farmácia completa;
• 🩺1 recepção;
• 🩺1 sala de espera;
• 🩺1 copa.

De acordo com a Marinha, as estações de tratamento de água levadas pelo Atlântico utilizam equipamento de filtragem química.

O processo é o seguinte: a água do rio é captada, passa por uma pré-filtragem e, após decantação, passa por um segundo processo de filtragem. O resultado é água potável e pronta para o consumo humano.

As duas estações têm capacidade de produzir 20 mil litros de água por hora, afim de suprir parte da demanda das cidades.

Em Porto Alegre, a prefeitura decretou racionamento de água e o município estima que 85% da população deve ficar sem abastecimento. Cinco das seis estações de tratamento de água estão paradas.

Além das estações para tratamento de água doce, o navio tem uma estação própria para dessalinização da água do mar. O processo, no entanto, não será utilizado na operação do Rio Grande do Sul.

Fonte: G1

Artigo anteriorEx-prefeito do PSDB de Porto Alegre perdeu verbas e extinguiu órgão de prevenção a enchentes
Próximo artigoPolícia apreende 15 kg de drogas escondidas dentro de mala em embarcação

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui