O amor – por Flávio Lauria

Flávio Lauria é Administrador de Empresas e Professor Universitário

Caros leitores, tenho me dedicado nos últimos artigos a não falar de política, e falar de amor, até o dia das mães irei escrever sobre esse tema tão debatido e discutido entre os homens, sem se chegar a um lugar comum. Estamos vivendo um momento marcado pela insanidade da guerra e pelas incertezas de uma grave crise econômica e também de valores, insistimos em renovar as nossas esperanças de que o homem, finalmente, descubra a força transformadora do amor, através de ações solidárias para com os seus irmãos. Descobri que o grande tema da vida é o amor. É possível que, desde então, o meu entendimento sobre a vida, no lugar de ficar resolvido, tenha se tornado um mistério, mas o meu espírito, finalmente, logrou ficar mais próximo da paz.


A vida é um grande ato de teimosia e a mente é o portal para que o homem atinja a sua real dimensão cósmica. O caminho é longo e o aprendizado difícil, mas o homem vem resistindo ao longo dos séculos. Ultimamente, tenho meditado sobre a aventura humana na Terra, a angustiante era de incertezas e contradições em que vivemos e, a cada dia, fica mais claro aos meus olhos, que o tema central da vida é o amor e o desamor. A violência, a injustiça, a fome, as guerras, são diferentes faces ou os vários sinônimos da palavra desamor no mundo. O homem já cruzou oceanos, escalou montanhas, foi a Lua e está se preparando para ir a Marte. Contudo, a verdadeira viagem a ser feita é a interior. Ou seja, em torno de si mesmo, em busca de sua identidade e de um significado para a sua existência. O homem precisa ter um objetivo, precisa lutar pelos seus sonhos para poder escrever a sua lenda pessoal.

O psicanalista Erich Fromm, no seu livro A Arte de Amar, afirma que: “O amor é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana”. O jurista italiano Francesco Carnelutti já dizia que o Direito é um triste substitutivo do amor. Quando o amor e a compreensão entre os homens cessam, nasce o Direito para dirimir os conflitos entre os homens. O apóstolo Paulo, na Bíblia, em uma das suas Cartas aos Coríntios, intitulada “O Amor é o Dom Supremo” apregoa-nos que: “ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.” Cristo veio ao mundo, dividiu a História e, essencialmente, pregou o amor entre os homens. Isso tudo pode parecer óbvio, mas é tão difícil de aceitar e aplicar em nossas vidas.

Às vezes fico pensando o que move pessoas que acham que precisam passar por cima de tudo e de todos para chegarem aos seus intentos. Penso: Como fica a consciência de uma pessoa que um dia fala e escreve uma coisa e noutro apaga tudo, como se fosse algo inoportuno que foi dito e escrito num momento de fraqueza. Essas pessoas que assim procedem são exatamente aquelas que agem sem sentimento, às vezes vão até contra a racionalidade. Para elas só interessa o fim, não importando os meios. São pessoas que vivem sem poder deitar a cabeça no travesseiro tranquilamente, são pessoas que não conseguem olhar os filhos, sem ter vergonha do que fizeram ou fazem. Vendem a alma ao diabo para chegarem aos seus intentos. São seres tristes e que destilam somente a ânsia do poder, do ter, mesmo que seja através do ódio.

Flávio Lauria é Administrador de Empresas e Consultor.
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