O povo não ‘engole´ com tanta facilidade, o que está à vista de todos

A bomba relógio disparou com a greve dos rodoviários e fez um tremendo barulho/Foto: Reprodução

O sistema de transportes urbano em Manaus explodiu. A bomba relógio disparou com a greve dos rodoviários e fez um tremendo barulho, que despertou toda a população da Zona Leste à Câmara Municipal de Manaus (CMM). Só não despertou o prefeito Arthur Neto (PSDB), que, parece, estar vivendo outra realidade. No “país do faz de conta”, como observa o vereador Chico Preto.


A falta de habilidade do prefeito, e a falta de pulso do poder público para negociar com as partes envolvidas: empresários e trabalhadores, desencadeou em uma onda de paralizações, acusações de ambas as partes e, por fim, nas manifestações dos usuários, com quebra de ônibus e depredações do patrimônio particular e público.

A bomba relógio disparou com a greve dos rodoviários e fez um tremendo barulho/Foto: Reprodução

Até onde o prefeito vai sustentar a sua teimosia em tentar defender, o indefensável? A greve dos rodoviários não foi decidida de ontem para hoje, muito menos, os problemas entre sindicatos, empresários e prefeitura. Onde estava o prefeito Arthur Neto (PSDB), que não previu tudo isso?

Até a Comissão dos Transportes da Câmara de Vereadores, que teoricamente é aliada do prefeito, apontou os problemas e tentou apagar o incêndio antes que começasse, há mais de três meses. O estopim da bomba que explodiu na Zona Leste, estava aceso desde o início do ano, mas Arthur Neto fingiu que não viu.

Agora terá que arcar com as consequências. Responder pela omissão e tentar reparar o grande engano, que é a sua administração no setor dos transportes públicos de Manaus.

Arthur agora está prestes a enfrentar uma CPI dos Transportes, proposta pelos vereadores Cícero Custódio, Jaildo de Oliveira e Chico Preto. No encerramento da Sessão dessa segunda feira (04), já existiam 12 assinaturas das 14 necessárias para a abertura das investigações.

Os vereadores vem denunciando o caos do sistema desde o primeiro ano da administração anterior do prefeito Arthur Neto. Desde 2012, que parlamentares e sindicalistas vem discutindo a validade da venda do passe livre direto pelas empresas, de uma planilha que mostre o custo do sistema, o recolhimento do INSS, FGTS em atraso desde 2005, uma nova licitação, implantação de novas alternativas de transportes públicos, mais eficientes e, intermediação firme do prefeito entre trabalhadores e empresários.

De um lado, os trabalhadores acusam o prefeito de só querer favorecer os empresários, dando a eles, todas as concessões e garantias e, para os trabalhadores, acusações, liminares, ameaças e taxando-os de baderneiros, bandidos. De outro, os empresários esperando de boca aberta, as benesses e lucros advindos do poder público municipal.

O prefeito é o principal culpado pelos conflitos de hoje (04) na Zona Leste e não adianta querer transferir ao governo do Estado, os problemas gerados pela sua administração. O povo já não engole, com tanta facilidade, o que está à vista de todos.

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