O “vale transportes” pode resolver a crise da Moto Honda no Amazonas

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A crise da Moto Honda da Amazônia pode ser resolvida com a facilidade de liberação do créditos pelos bancos e com o repasse do valor do “vale transportes” para o pagamento de parcelas de motocicletas financiadas por usuários.

A informação é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e da CUT-Amazonas, Valdemir Santana. Ele conversou com a direção da Moto Honda, em Manaus e deve levar a proposta para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo).

 

Valdemir acredita que se essa medida for aplicada, a Moto Honda não deve demitir os funcionários, como está sendo cogitado pela empresa.  “O Sindicato abriu a temporada de conversas sobre o assunto com a intenção de preservar os empregos”, anunciou. Para a Moto Honda, a última alternativa é a demissão, mas tem que ser resolvido o problema de crédito para liberar o estoque de mais de 50 mil motos encalhadas nos galpões da empresa.
Os bancos tem dificultado o acesso ao crédito, querem avalistas, garantias. Hoje, tanto o sindicato quanto a empresa apontam os bancos como vilões da crise no setor. “De cada 10 pessoas que procuram financiamento para a compra de motocicletas, o banco libera 01(uma)”, justificou Santana.
Para o sindicalista, a maioria das pessoas que querem comprar uma motocicleta é pra substituir o seu trajeto em ônibus. Já os moto taxi, moto boy são autônomos, não tem como justificar renda e nem tem avalistas disponíveis. Daí a busca por um mecanismo, que possa fazer os governos estaduais, Federal e municipais liberarem uma linha de crédito e garantias de pagamento para essas pessoas adquirirem o seu transporte de duas rodas.
“Essa é a ideia”, a própria empresa onde está o trabalhador pode substituir o valor do “vale transporte” por crédito mensal com valor equivalente à mensalidade do veículo.
Normalmente as empresas são obrigadas a dar R$ 150,00 para transporte do trabalhador e desconta apenas 6% desse valor. Com essa quantia, é possível comprar uma motocicleta de baixa cilindrada, mas que atende as necessidades de transportes e de aquecimento do mercado”’, justificou Valdemir. Para ele, o que falta são as empresas, o governo e o Sindicato sentarem à mesa para encontrar uma saída que favoreça a todos.
O sindicato vai fazer proposta de não ter demissões, por que entende que não resolve o problema. Os empresários gostam de fazer os trabalhadores de massa de manobra e smpre tenta fazer eles pagarem o ônus. O empresário Wilson Périco, disse recentemente em um programa de TV que iria demitir trabalhadores por conta de uma hipotética crise.
“Quem banca a riqueza dele são os trabalhadores”, dispara Santana. Por outro lado, não se justifica colocar o trabalhador na rua, quando se tem 90,25% de isenção fiscal, 0% de taxas e encargos. “Não sei do que ele esta reclamando? Quem paga imposto é quem compra um pacote de papel higiênico, que paga 20% de ICM.

 

Os trabalhadores da empresa do Périco pagam mais imposto do que ele”, finaliza Valdemir Santana. O que o sindicalista disse, é válido para todos os empresários que operam no Polo Industrial de Manaus (PIM).

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