Óbvio ululante – Por Osiris Silva

Economista Osíris Silva (AM)

Alguém pode, em sã consciência, honestamente duvidar de depoimentos de donos de empreiteiras na Lava Jato?
Eles vêm, insofismavelmente “molhando mãos” de autoridades governamentais e de congressistas há mais de três décadas. Suas informações perante a Polícia Federal e o tribunal são absolutamente contundentes, devastadoras.


Negar o óbvio? Ora, se o sr. Leo Pinheiro, presidente (presidente!) da OAS dá os detalhes do triplex presenteado em troca de contratos com a Petrobras, com que cara Lula da Silva, como beneficiário explícito, possa negar não ser seu dono de fato?

Economista Osíris Silva (AM)

Da mesma forma em relação ao sítio de Atibaia, cujo engenheiro encarregado da obra deu, sem titubear, todos os detalhes sobre de onde vinham os recursos e como eram aplicados nas reformas executadas para o “chefe” ?

Toda essa dinheirama não bate com o súbito e fenomenal enriquecimento dos hoje milionários lulinhas?

Não explica o fato de a Polícia Federal haver indiciado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos na Operação Janus, cuja investigação mira em contratos milionários firmados entre a Odebrecht e a empresa Energia Brasil, cujo sócio é Taiguara Rodrigues dos Santos, para a realização de obras em Angola?

Taiguara Rodrigues dos Santos é figura conhecida na rede de negócios de empresas brasileiras em Cuba, na África e na Europa.

Segundas diversas fontes, até 2009 ele ganhava a vida em Santos, no litoral de São Paulo, onde se estabelecera como pequeno empresário, dono de 50% de uma firma especializada em fechar varandas de apartamentos.

Taiguara tinha (tinha!) uma rotina compatível com seus rendimentos. Seu apartamento era um quarto e sala. Na garagem, um carro velho.

Diante de todos esses fatos, perguntam leitores da Folha, eu também, e creio que a maioria dos cidadãos comprometidos com a moralização política e o crescimento econômico do país:

1. Poderes da República – chegamos à conclusão de que, em vez de três, são quatro os Poderes do Brasil: Executivo, Legislativo, Judiciário e Odebrecht.

2. TREs como a RF – Todos os políticos citados pelos delatores e envolvidos com caixa dois afirmam, peremptoriamente, que suas contas foram aprovadas pelos respectivos TREs. Agora, descobrimos que grande parte deles mente descaradamente, o que não é de estranhar.

3. A pergunta que não quer calar: para que servem esses tribunais e a Receita Federal?

4. ABUSO DE AUTORIDADE – A insistência do Legislativo em votar, neste momento, a Lei do Abuso de Autoridade, além de inoportuno parece que fere o princípio da moralidade (embora fique até meio cômico falar em moralidade), uma vez que os senadores, muitos deles envolvidos com a Justiça, estarão votando em causa própria. (Osíris Silva é Economista, Consultor de Empresas e Escritor – [email protected])

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