Os reflexos da chuva e da cheia que afetam o setor primário do Amazonas, foram comentados na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), ontem (11), em pronunciamento do deputado estadual Orlando Cidade (PTN).
Ele informou que a produção agrícola e o escoamento de itens alimentícios estão prejudicados, devido aos dois fatores, o que têm causado prejuízos aos trabalhadores rurais amazonenses.
De acordo com o parlamentar, que é presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPPADR) da Assembleia, os municípios localizados nas calhas dos rios Juruá, Madeira e Purus são os principais afetados com a cheia. “Grande parte dos municípios localizados nessas regiões estão prejudicados. Humaitá, por exemplo, tem 12 bairros e oito deles estão alagados, circunstância que tem prejudicado a situação do setor primário e dos que vivem na localidade”, disse.
Ainda segundo Cidade, a população que reside na área afetada pela cheia pode enfrentar sérios problemas por conta da enchente. “Temos conhecimento que o comércio de alguns municípios estão com quantidade de alimentos limitadas, sem combustível e podem até ficar sem energia”, lamentou o deputado, ao acrescentar ainda que estão na lista de comprometidos com a subida das águas dos rios os municípios de Lábrea, Apuí, Envira, Boa do Acre, Pauini e Canutama.
Na ocasião, o deputado também comentou a situação da cratera que se abriu na BR-174. Ele lembrou que recentemente um trecho da rodovia desmoronou, o que causou ‘dor de cabeça’ aos produtores rurais do município de Presidente Figueiredo. “Um trecho da estrada localizado, no quilômetro 58 da BR, foi interditado e afetou o escoamento da produção de alimentos para o principal mercado consumidor do Estado, que é Manaus. A estimativa é que, pelo menos, 105 toneladas de hortaliças e frutas deixaram de chegar à capital amazonense”, relatou.
Trânsito em Manaus
Se a cheia e a chuva afetam o interior do Estado, a capital amazonense também tem acumulado prejuízos. Segundo o deputado, as perdas em Manaus são acumuladas em decorrência do volume de carros que transitam pelas principais vias da cidade. “Tem se perdido muito tempo nas ruas por conta dos congestionamentos e isso tem causado prejuízos a Manaus por conta de fatores como despesas com combustíveis, gastos com logística e poluição”, pontuou.
Cidade destacou ainda que, somente em 2013, a capital paulista registrou prejuízo de R$ 40 bilhões devido ao trânsito, perda que em 2002 somou R$ 17 bilhões, segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Em Manaus também não deve ser muito diferente. O trânsito por aqui está cada vez mais complicado e o prejuízo também é muito alto”, finalizou.