Otoni Mesquita inaugura exposição “Arquiteotonicas” no Palácio da Justiça

Foto: Michael Dantas

Cidades imaginárias que se complementam quase que infinitamente, gravuras de seus habitantes fantasiosos, objetos decorados com símbolos de culturas inventadas, uma torre de babel que reúne a vida e arte do artista plástico Otoni Mesquita. Após quase 40 anos de sua primeira exposição individual e também marcando os seus 45 anos de trajetória artística, Otoni apresenta a exposição “Arquiteotonicas”, com abertura aconteceu nesta quinta-feira (23/01), no Centro Cultural Palácio da Justiça (avenida Eduardo Ribeiro, 901, Centro). A entrada é gratuita.


As cidades “otonianas” que o visitante poderá vislumbrar nas salas Juiz Manoel Corrêa de Miranda e Desembargador Benjamin Rubim, do Palácio da Justiça, fazem parte de uma série de criações que datam dos anos 1970 e 1980. Apelidadas por uma amiga do artista de “Arquiteotonicas”, as “construções” surgiram em momentos aleatórios da vida de Otoni, em reuniões, assembleias, durante a época de mestrado, e também em viagens para diferentes cidades da América Latina e da Europa.

As pinturas, que foram dispostas em tecidos em uma instalação artística, foram criadas a partir da junção de fragmentos de momentos diferentes da trajetória do artista. Um desenho de uma cidade de 1987 se une a um de 2013, inspirado em uma viagem a Istambul, e assim as cidades vão se complementando, misturando influências e culturas diversas.

Foto: Michael Dantas

‘Torre de babel’ e habitantes ‘otonianos’ – ‘Arquiteotonicas’ também terá uma “Torre de Babel”. A princípio, o artista conta, a torre seria revestida pelas mesmas cidades imaginárias em formato de lambe-lambe, porém, à medida em que foi construindo a obra, outra ideia tomou conta do processo artístico.

São hieróglifos, imagens de uma cidade em que ficou na França, listas de exercícios, grafismos, alfabetos, desenhos, esboços, uma torre de babel que reflete o próprio universo otoniano. Além disso, o público poderá ver calcogravuras dos habitantes e também caixas decoradas como “oferendas” das cidades imaginárias.

Carreira – No dia 25 de janeiro completam-se 40 anos da primeira exposição individual de Otoni Mesquita, “Fruturbano”, que foi realizada no hall do Teatro Amazonas, com direção artística de Sérgio Cardoso – que agora assina a curadoria da nova exposição.

Sérgio Cardoso afirma que a exposição é inovadora, mantendo o compromisso de Otoni com a contemporaneidade nas artes. “Fico muito honrado e alegre de receber o convite para essa curadoria 40 anos após aquela primeira exposição. Otoni é um ator de si próprio, de multimeios, que se reinventa a cada exposição. Fazemos parte uma geração de artistas que têm um compromisso com as transformações da temporaneidade, então é uma emoção muito grande ver essa exposição que considero criativa e inovadora e que instiga a transcendência das artes plásticas no Amazonas”, comenta o artista.

Exposição – “Arquiteotonicas” fica em cartaz no Palácio da Justiça até 23 de abril, durante o horário de funcionamento do espaço. Em janeiro, o centro cultural está funcionando de terça a sábado, das 9h às 15h, e aos domingos, das 9h às 14h.

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