Qual a cidade que precisamos? Esta é a indagação que vai nortear o planejamento urbanístico e o de mobilidade de uma cidade, de acordo com o Presidente do Instituto Arquitetura Brasil (IAB), Roberto Montezuma, em sua palestra, na tarde de quinta-feira (14), no seminário Lei de Mobilidade Urbana: desafios e possibilidades, promovido pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara Municipal de Manaus (COMLEP/CMM).
Professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Montezuma, em sua exposição abordou os “Aspectos de um Plano de Mobilidade Urbana”, e comentou uma experiência realizada em Recife (PE), por meio de uma parceria entre arquitetos holandeses e o departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, batizada de “árvore d’água”.
O projeto consistiu em transformar o rio Capiberibe – que corta Recife -, a várias áreas da cidade, integrando-o ao Centro e a outras áreas da capital pernambucana.
“Precisamos pensar em rede, em conjunto. Manaus tem 340 anos, e porque não pensar Manaus aos 360 anos? Pensar a cidade, para os próximos 20 anos, fazendo a integração dela com vários trechos. É possível pensar a cidade como um todo e não apenas num processo isolado”, destacou. Para Montezuma, em Manaus é necessário fazer uma integração entre as vias, os rios e os igarapés que entrecortam a cidade.
Segundo ele, não há o aproveitamento dos recursos naturais da cidade, já que a capital amazonense está de costas para o rio Negro.