
A implantação de uma linha fluvial urbana, para ajudar a desafogar o trânsito da cidade, foi defendida ontem, segunda-feira (17), pelo vereador Plínio Valério (PSDB), durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O vereador, que lembrou ter apresentado projeto de galeria para os camelôs no Centro desde 2004, quando foi candidato a prefeito de Manaus pelo Partido Verde (PV), garantiu que vai trabalhar pela linha fluvial urbana. “Um dos meus projetos era a retirada dos camelôs das ruas para serem levados para as galerias. Discutimos na época com a Associação Comercial (ACA) e os camelôs. Dez anos se passaram, mas felizmente a solução está sendo concretizada”, disse.
Plínio Valério afirmou que vai batalhar, agora, pela implantação da linha fluvial urbana. “É só uma questão de tempo, mais cedo ou mais tarde essa linha fluvial, começando pela Colônia Antônio Aleixo (Zona Leste) até a Ponta Negra”, disse ele, assegurando que em 2004 já defendia essa ideia. “Pode ser por barcaças, lanchas a jato”, acrescentou sugerindo pontos na orla. “O terminal de Educandos (bairro da Zona Sul) serviria de pontos para os moradores dos bairros Colônia Oliveira Machado, Santa Luzia”, exemplificou. “Vamos tentar com o prefeito (Arthur Neto) essas linhas fluviais”, disse.
Zona Franca
Quanto à prorrogação da Zona Franca de Manaus (ZFM), Plínio Valério disse não ter dúvidas que ela vai sair. Nenhum governante, segundo ele, teria a coragem de não prorrogar os incentivos fiscais da ZFM, seja Dilma, Lula, Fernando Henrique Cardoso. “O problema é que se criou na cidade a cultura da dificuldade para vir a facilidade. Se não sair, o PT perde a eleição na Amazônia”, disse ele, ao afirmar que o Amazonas também é um colégio eleitoral importante para o partido. “Como disse, são os votos do Estado e da região que cobrem a diferença dos votos da Região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná)”, acrescentou.
O vereador assegura que a presidente (Dilma Rousseff) está deixando para anunciar a prorrogação da ZFM perto das eleições, “como salvadora da ZFM mais uma vez”. “A prática é assim. Foi sempre assim, também, quando governantes faziam comitiva e iam a Brasília pedir pela Zona Franca, na briga contra os empresários da Avenida Paulista e voltavam como salvadores da Pátria”, lembrou.
Para Plínio Valério, o problema não é prorrogação da Zona Franca de Manaus, mas as vantagens que se tiram da ZFM a cada prorrogação. Por isso, segundo ele, é importante se encontrar alternativas para o Estado, por meio da sua biodiversidade, terra e água. “A prorrogação é uma questão de vida ou morte, que não pode ser derrubada pelo PT. É questão de bom senso”, disse ele ao assegurar que defende a prorrogação da Zona Franca de Manaus como um caso de Justiça e não pedido de esmola. “A presidente Dilma ganhou com 867 mil votos de diferença no Estado”, lembrou.
Emenda e projeto
O vereador lamentou ter deixado a Câmara Federal às vésperas da apresentação de emendas impositivas, pois tinha uma no valor de R$ 86 milhões, destinada a instalações subterrâneas. “Fiquei sabendo que o vereador Everaldo Farias (PV) conseguiu aprovar no Plano Diretor, emenda para instalações subterrâneas no Centro, mas caíram os recursos”, disse ele, convicto de que projeto de instalações subterrâneas tem que sair do papel.
Em seu pronunciamento também, Plínio Valério lamentou o não cumprimento de lei de sua autoria, do ano 2000, que cria o Festival de Música Popular em Manaus. “Até hoje não teve nenhum evento. Agora a Ponta Negra vai precisar de calendário de eventos”, disse ele ao afirmar que vai cobrar o cumprimento da lei.