Povos de Terreiros ocupam o centro do debate no Judiciário

Em defesa da vida, povos de terreiro lançam manifesto - foto: recuperada/redes sociais

Simpósio traz mais de 100 pesquisadores, especialistas, escritores, lideranças sociais, advogados indígenas e negros para gerar reflexões sobre dívidas históricas, memória e cultura em Brasília


Promover o respeito a diversidade e pluralismo de comunidades originárias e tradicionais no Brasil e a reflexão sobre as dividas inseridas no contexto do Bicentenário da Independência.

Estes são os objetivos do III Simpósio Nacional e II Internacional Povos Indígenas, Negros/as, Quilombolas e Religiosos/as De Matriz Africana e Afro-indígena: Decolonialidade e Dívidas históricas do Estado Brasileiro no marco do Bicentenário da Independência que vai reunir especialistas entre os dias 13 a 15 de dezembro de 2022, na Sede da Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília.

Povos originários

Com o tema sobre atuação do Ministério Público e do Judiciário junto aos povos originários e comunidades tradicionais, a programação do simpósio inclui debates, palestras, lançamento e feira de livros, eventos culturais, oficinas temáticas e diálogos interreligiosos.

Povos de terreiros, em Juazeiro-CE – foto: ilustração

Durante os três dias, mais de 100 autoridades do tema estarão reunidas em Brasília para debater como prevenir e enfrentar o preconceito, a discriminação, a intolerância, a violência, o racismo e também para buscar propor reflexões para desconstruir padrões, conceitos e perspectivas impostos aos povos subalternizados durante todos esses anos.

“Este evento é uma oportunidade de colocar o Brasil profundo frente a frente com representantes do Ministério Público, do Judiciário e fazer com que a voz aos povos Indígenas, Negros/as, Quilombolas e Religiosos/as De Matriz Africana e Afro-indígena seja ouvida”, ressalta Edelamare Melo, subprocuradora geral do trabalho.

O evento não cobra taxa de inscrição e é aberto ao público. Assuntos como educação quilombola, intolerância religiosa, direito à saúde dos povos originários e comunidades tradicionais e equidade de gênero e raça no sistema de Justiça serão alguns dos pontos tratados durante os debates.

Negros na magistratura

Segundo a Pesquisa sobre Negros e Negras no Poder Judiciário, desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça e lançada em setembro de 2021, são 13,2% de magistrados negros e 12,3% de magistradas negras no Brasil.

A projeção é de que a igualdade entre pretos e brancos na magistratura será atingida somente entre 2056 e 2059, se continuar no mesmo ritmo.

Em 2022, o evento inova ao iniciar a capacitação de servidores do Ministério Público da União para garantir o direito ao acesso ao Judiciário de comunidades tradicionais e povos indígenas. O simpósio é uma realização do Ministério Público do Trabalho (MPT), com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Serviço:

III Simpósio Nacional e II Internacional Povos Indígenas, Negros/as, Quilombolas e Religiosos/as De Matriz Africana e Afro-indígena: Decolonialidade e Dívidas históricas do Estado Brasileiro no marco do Bicentenário da Independência

  • Data: 13/12/2022 a 15/12/2022
  • Local: Sede da Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, às 08 horas
  • Ingresso: entrada gratuita e aberto ao públicoConfira a programação completa em nosso site: http://simposioawure.com.br/
Artigo anteriorPEC da Transição avança com um adicional de R$ 145 bilhões, na CCJ do Senado
Próximo artigoPrefeito Nathan Macena ‘vira mágico que faz sumir Milhões’ do asfaltamento de ruas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui