Com potencial de atrair os votos do eleitorado de esquerda, classe média, intelectuais, daqueles que estão cansados dos nomes tradicionais da política amazonense o ex-deputado federal Francisco Praciano, pode ser a alternativa do PT para a disputa ao Governo ou ao Senado.
Praciano disse que está à disposição do partido. “Disse ao PT que quero participar das eleições. Como candidato ao Senado ou Governo. Acho que sou uma peça no xadrez do PT. Ele joga como quiser”, afirmou o ex-deputado.
Expressão Eleitoral
Praciano, foi vereador de Manaus por quatro mandatos consecutivos, deputado federal por duas vezes, sendo o mais votado nas eleições de 2010, e na eleição de 2014 disputou a vaga de Senador contra Omaz Aziz, quando o petista obteve mais de meio milhão de votos.
Foram 549.748 votos representado 34,44%. Com essa densidade eleitoral ele se enquadra na estratégia nacional do PT, que definiu que as prioridades para as eleições de 2018, seriam de eleger Lula presidente com uma forte bancada de deputados federais e senadores, desde que apresente viabilidade eleitoral.
Alianças
O PT tem o maior tempo de televisão, segundo pesquisas do IBOPE a maior preferência dos brasileiros com 19%, uma ascensão de apoio popular, articulação juntos aos movimentos sociais urbanos e do campo e terá Lula candidato a presidência da república. Essas são condições materiais de força política do partido.
Internamente o PT definiu por um calendário do processo de discussão eleitorais que inicia em abril e vai até junho, onde há tendências políticas internas que defendem candidatura própria no majoritário e proporcional sem alianças, outras que defendem alianças apoiando candidato ao governo de outro partido com participação na chapa majoritária, podendo indicar a vaga de vice-governador e/ou o cargo de Senador.
Para Praciano, “Acho que as alianças políticas são necessárias e defendo pela lógica da ética, lógica daqueles que estão angustiados em ver o Estado ser desmontado.
O palanque do Lula tem que ser grande. Alianças são necessárias para eleger governador, senador, deputados federais e estaduais. E dar volume, importância, visibilidade e viabilidade eleitoral para a chapa majoritária”, sentenciou o petista.
A Frente Ampla de Oposição
No meio político tem-se uma avaliação que o PT perdeu oportunidade de lançar a candidatura do Deputado Estadual José Ricardo, que teve bom desempenho nas eleições suplementares de 2017, sendo o segundo em Manaus, poderia estar coordenando a composição da Frente de Oposição, no entanto, o deputado oficializou sua desistência pela candidatura ao governo em detrimento a de deputado federal dentro da lógica de prioridade da direção nacional.
Como na política não existe espaço vazio, o presidente de Assembléia Legislativa, David Almeida (PSB) ocupou esse espaço atraindo os partidos de esquerda e centro para formar essa Frente Amplade de Oposição.
No ato de filiação de David Almeida ao PSB, ele destacou a necessidade dessa unidade “se todos nós tivermos unidos nessa eleição, o Amazonas vai fazer a virada nessa dinastia política que está no poder há mais de 36 anos”, afirmou o deputado.
Aliados do presidente da ALE reiteraram a importância de Praciano como vice na chapa que representará a terceira via alternativa aos dois candidatos que representam a velha política: Amazonino, quarto mandato, e Omar Aziz que teve dois mandatos.
Dirigentes do PT estão com conversas avançadas com David Almeida (PSB), caso se confirme a ida do PT para esse bloco, Praciano é um forte candidato ao Senado com viabilidade eleitoral com grandes chances de vitória.
Pesquisas apontam que o ex-deputado poderá ser o mais votado em Manaus para o Senado, que tem mais de 60% do eleitorado, e ficando em terceiro lugar no interior.
Pode também confirmar-se como vice governador para o pré-candidato Praciano. “É preciso ter maturidade e racionalidade na discussão de 2018!”, finalizou.
