O Programa Pé Diabético da Policlínica Codajás, desenvolvido pelo Governo do Estado, registrou, entre os meses de janeiro e julho deste ano, uma diminuição de 39% na evasão de pacientes, em comparação com o mesmo período em 2020. A queda no número de desertores do projeto, que realiza curativos em pacientes com diabetes gratuitamente, veio acompanhada também do aumento no número de altas, que subiu 6% em comparação com os mesmos meses.
No período correspondente aos primeiros sete meses de 2020, foram registrados 59 pacientes que abandonaram o tratamento por meio do programa. Este ano, o número caiu para 36 evasões. Já o quantitativo de altas teve um leve acréscimo, subindo de 78 para 83 até este momento.
De acordo com a enfermeira da Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam) e supervisora do programa, Hanna Beatriz, os cuidados com os ferimentos em pacientes diabéticos, especialmente na região dos pés, exige uma série de cuidados durante e após o período de cicatrização. Esclarecer a importância desses cuidados e fazer um acompanhamento humanizado tem sido fundamental para a melhora dos índices. Além disso, a pandemia da Covid-19 também teve forte influência na evasão ao longo do último ano, avalia a supervisora.
“São vários fatores. Ano passado a gente lidou com a pandemia, que veio trazendo essa questão do isolamento, então a gente teve um número alto de abandonos que são considerados abandonos, mas são vários fatores que acabam levando a este número alto. Este ano a gente tem buscado muito, realizado a busca ativa desses pacientes para que deem continuidade ao tratamento”, diz Hanna.
Segundo a gerente de policlínicas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Liliana Melo, o programa Pé Diabético também é executado nas policlínicas Danilo Correa, Gilberto Mestrinho, José Lins e Zeno Lanzini.