Prosamim: conjunto residencial ou Projeto Eleitoreiro? – Por Garcia Neto

Conjunto residencial Prosamim Mestre Chico.
Conjunto residencial Prosamim Mestre Chico.

Quem caminha pelas ruas do Parque Residencial Mestre Chico, vinculado ao Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM), do Governo estadual do Amazonas, percebe que a implantação do programa aparenta cumprir com seu objetivo geral de contribuir com a melhoria da qualidade de vida de famílias até então condenadas a moradias em ambientes insalubres, não recomendáveis, dentro d’água, dentro da sujeira, da imundície. Evidente que contribui, sobremaneira, já que, ao chamado povão foi oferecido moradia digna!
Poder-se-ia até afirmar que o propósito do Prosamim seria o de ajudar na solução dos problemas ambientais, urbanísticos e sociais que afetam a cidade de Manaus e seus habitantes, mas, numa reflexão mais aprofundada sobre as possíveis soluções dessas constantes problemáticas em Manaus, pode-se concluir que as obras do Prosamim não passam de um grande engodo político que só beneficiou o atual senador Eduardo Braga (PMDB) nas eleições de 2010. Braga, atualmente, está candidato ao governo do Amazonas nas eleições de outubro vindouro.


Ao bom observador, fica impactado o visível afundamento do solo, talvez surgido com a construção dos pesados blocos residenciais sobre aterro, além do inconcebível estreitamento do canal do Mestre Chico e a condenável sujeira nas águas do igarapé que provoca mau cheiro insuportável, as quais estão a merecer urgente intervenção pelo poder público, para avaliarem o sistema de drenagem do canal do igarapé, considerando que, em alguns trechos deste tributário do Rio Negro, vários olhos d’água soterrados podem estar influenciando no possível afundamento do piso do Parque Residencial.
Sabe-se que há muitos aterros sendo feitos de forma inadequada, sob as mais variadas justificativas. No entanto, sem a aplicação da correta tecnologia, cria-se um mito que não condiz com a verdade. Seja qual for o volume de aterro, qual seja o solo do local e das possibilidades de áreas de empréstimo de onde se remove o solo, há um procedimento executivo de engenharia civil geotécnica adequado, que pode proporcionar, sobretudo, segurança de seus usuários.

Sem a observação desses conhecimentos na execução desses aterros, muitos problemas poderão ocorrer, em pequenas e grandes obras de engenharia, entre os quais recalques e afundamentos de piso, ruas, vias e fundações; vazamento de redes hidráulicas e sanitárias; deslizamentos de taludes, contenções e muros de arrimo, e erosões internas em diques e barragens.

O residencial Mestre Chico poderá ir abaixo com uma possível catástrofe em pouco tempo, provocando o maior escândalo político, inclusive com repercussão internacional.
Sabe-se que, para garantir o projeto, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) liberou alguns milhões de dólares. Quanto aos resultados de um mau aterramento, pode-se imaginar que já pode estar se formando, no Mestre Chico, uma massa disforme, sem sustentação, com buracos onde se forma gás. É evidente ver a formação de um terreno semelhante a uma esponja, à semelhança da falta de firmeza de solo, principal motivo pelo qual não se deve construir nada em uma área de braço tributário de rio, mesmo tampouco em lixão ou mesmo em aterro sanitário.

Sabe-se que milhões de dólares foram liberados para a tão propagada preparação de Manaus para o “padrão Fifa”. O resultado ficou desejar, além dos indesejáveis gastos com a “ponte dos bilhões”, com o tão propagado Monotrilho da Região Metropolitana de Manaus – Sistema de Transporte denominado Metrô de Superfície, destinado a otimizar o transporte coletivo da capital amazonense, mobilidade urbana -, e da combatida construção da Arena da Amazônia.
Como contrapartida, o endividado do Estrado, deixando o governador Omar Aziz de mãos atadas sem nada realizar, impedindo-o de proceder a tão sonhada transformação de Manaus. E permanece sem resposta a insistente questão: O que esperar dos políticos amazonenses influentes em Brasília? Nada!

Infelizmente, do senador Eduardo Braga, líder da presidente Dilma no Senado, nada se pode esperar, absolutamente nada, nada mesmo, já que ele tem demonstrado ser portador de patologia grave, com possível incidência de insanidade mental.

*Garcia Neto é professor Universitário, Jornalista e consultor político.

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