Os protestos desencadeados no Peru após o impeachment e a prisão do ex-presidente Pedro Castillo — que tentou dissolver o Congresso e estabelecer um governo de emergência — deixaram cerca de vinte mortos na última semana, segundo dados do Ministério da Saúde do país.
Numa atualização publicada na sexta-feira (16) no Twitter, as autoridade sanitárias contabilizavam 20 mortos e 63 hospitalizados.
Desde a saída de Castillo em 7 de dezembro, os protestos se espalharam por todo o país, mas foram especialmente violentos em algumas áreas do interior. Em outros casos, os manifestantes se expressaram pacificamente.
A convulsão social dos últimos dias levou às primeiras renúncias no gabinete da atual presidente Dina Boluarte.
A ministra da Educação, Patrícia Correa, apresentou na sexta-feira (16) uma carta de demissão, argumentando que a morte de compatriotas em protestos sociais “não tem justificativa”.
Esta mañana he presentado mi carta de renuncia al cargo de Ministra de Estado en la cartera de educación. La muerte de connacionales no tiene justificación alguna. La violencia de Estado no puede ser desproporcionada y generadora de muerte.
Pouco depois, ocorreu a renúncia do ministro da Cultura, Jair Pérez Brañez, pelos mesmos motivos.
Esta mañana he presentado mi carta de renuncia al cargo de Ministra de Estado en la cartera de educación. La muerte de connacionales no tiene justificación alguna. La violencia de Estado no puede ser desproporcionada y generadora de muerte. #NoMasMuerte pic.twitter.com/0qoZisc9Yc
— Patricia Correa (@correapatricia) December 16, 2022