Putin diz que Rússia apoiará referendos separatistas em regiões da Ucrânia

Foto: Reprodução

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em um discurso televisionado à nação, divulgado nesta quarta-feira (21), que a Rússia dá boas-vindas aos referendos separatistas em território ucraniano controlado pela Rússia e fará tudo para apoiá-los.


Em um movimento aparentemente coordenado, foram anunciados, na terça-feira (20), referendos para 23 e 27 de setembro nas províncias de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia – representando cerca de 15% do território ucraniano, ou uma área do tamanho da Hungria.

Regiões separatistas na Ucrânia vão realizar referendo para se anexar à Rússia

As regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, vão realizar referendos entre os dias 23 e 27 de setembro sobre a adesão dos territórios à Rússia.

Uma medida que, segundo o líder de Luhansk, foi muito esperada. “Todos nós esperamos há oito longos anos por um referendo sobre ingressar na Rússia. Tem sido nosso sonho comum e nosso futuro comum. E assim aconteceu. O referendo vai acontecer”, explicou Leonid Pasechnik.

A decisão por realizar os referendos ocorre depois que o Kremlin sofreu uma contraofensiva no campo de batalha e perdeu territórios no nordeste da Ucrânia. Mas ao ser questionado sobre o assunto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o povo deve decidir seu destino.

“Desde o início da operação militar especial e, mesmo antes dela, dizemos que os povos dos respectivos territórios devem decidir seu próprio destino. Toda a situação atual confirma que eles querem ser os donos do próprio destino”, declarou Lavrov.

Autoridades russas instaladas na região de Kherson, no sul da Ucrânia onde as forças de Moscou controlam cerca de 95% do território, disseram que também pretendem realizar um referendo.

Pelo Twitter, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, alegou que as votações não têm legitimidade e não mudam a natureza da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. Disse ainda que a comunidade internacional deve condenar essa violação do direito internacional e apoiar os ucranianos.

O governo ucraniano e os Estados Unidos também afirmaram que os referendos são uma farsa ilegal e que não reconhecerão os resultados.

Nesta terça-feira (21), em Nova York, na Assembleia-Geral da ONU, a guerra na ucrânia foi uma das principais pautas dos discursos dos líderes mudiais, o que já era esperado.

Houve quem fosse mais incisivo contra a Rússia. Por outro lado, o presidente da Turquia, por exemplo, evitou fazer críticas ao Kremlin e destacou que o país busca um papel “moderador” no conflito.

Recep Tayyip Erdogan defendeu que as organizações internacionais e os países colaborem na busca de uma solução para a guerra.

“Precisamos encontrar uma saída dessa crise, e isso só pode ser possível por meio de uma solução diplomática que seja racional, que seja justa e aplicável”, expôs Erdogan.

Já o presidente francês, Emmanuel Macron, fez duras críticas à Rússia e aos países que se mantêm neutros em relação ao conflito.

Fonte: CNN Brasil

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