Reconstrução – Por Max Diniz Cruzeiro

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

Reconstrução é uma retomada do que era concreto e por uma razão se fragmentou para ser um clone melhorado do que era antes, a fim de construir uma identidade que permita a “coisa” ou objeto se recompor.


Geralmente uma pessoa constrói uma identidade, passa por um processo de personificação, como na construção de um edifício que se faz toda a base para se ter uma fundamentação ideal para elevar todo o seu projeto de vida.

E diante de uma fundação sólida, degrau a degrau das escadas desta vida vai se elevando e cada andar deste prédio é construído e projetado para incorporar coisas sólidas trazidas através do caminho da vida.

Porém, em determinados momentos a construção pode sentir o peso da idade, e sentindo, a vigas podem se corroer e ser necessário que todos os materiais em volta desta sustentação sejam reparados a fim de que a construção seja sólida por muito tempo enquanto sua função de utilidade assim exigir.

Então ao longo da vida são necessários fazer reparos, para que o indivíduo possa se reconstruir e solidificar novamente os objetivos que movem a sua existência.

Não é uma tarefa fácil remover um tijolo que esteja desintegrando e corroendo toda a parede, é necessário primeiro raspar a superfície, para depois retirar aquilo que excede e que está deteriorado para aplicar a solução certa que devolverá vitalidade para uma parede, para depois arrumar as arrestas devolvendo novamente vitalidade para a parede através de uma pintura que deixe evidente o seu lado mais belo e que a sustentação esteja coesa e intacta.

O problema é que muitas vezes o apego as “verdades” estão muito profundas dentro da argamassa, e por este motivo a pessoa que está necessitando de uma reforma não consegue enxergar um benefício em se desfazer de alguma coisa que incorpora a sua essência através de sua personalidade.

Essa personificação que diz num vetor de alocações o que o indivíduo deve fazer numa estrutura viciante que irá condicionar o seu padrão de existência e sua retórica no decorrer da sua vida.

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

E quando o problema está na base, muito mais esforço é exigido para que o indivíduo se recomponha, ou que venha a se reconstruir, pois é preciso mexer em algo que talvez ele não esteja preparado que vai além das vigas de sustentação.

Reconstruir por vezes exige remodelagem, porque ao longo da vida se incorpora fatos, que carregam informações muito preciosas que é possível gerar uma síntese de algo constituído em algo novo remodelado que pode incorporar os novos conceitos apreendidos ao longo do tempo, e por que não fazer esse upgrade para fazer com que o ser seja cada vez mais amplo em suas colocações e aspirações vitais.

A grande vantagem de um modelo de reconstrução que não é necessário que a obra inteira já tenha sido concluída para esperar a ação do tempo para que a construção seja novamente reformada.

Nós seres humanos estamos o tempo todo reconstruindo nossos conceitos, no desenvolvimento e ampliação de nossas memórias. E por vezes essa ampliação exige que retrocedamos nossas decisões e influências lançadas no decorrer do tempo para acertarmos equívocos promovidos ao longo de nossa história.

E essa capacidade de se recompor a todo instante, permite que a base de nossa consciência não perca o equilíbrio, porque se assim o for, poderá comprometer toda a edificação.

Às vezes é necessário estar de posse da “verdade” que liberta, para que o sofrimento possa ser racionalizado e o indivíduo possa se ajustar a suas necessidades vitais e de seu agrupamento.

Embora uma construção de vida é concebida para um só morador, socialmente a construção de vida serve ao propósito de servir a uma funcionalidade dentro de uma sociedade.

Então ao mesmo tempo que se está construindo ou edificando um cômodo da casa se está trabalhando coletivamente para construir uma unidade sensorial comum do agrupamento.

Reconstruir é uma tarefa que se emprega trabalho há todo o momento. São necessárias as vezes ser forte para compreender o que deve ser refeito e ter a coragem para fragmentar os próprios erros e incorporar os elementos que irão deixar a estrutura sólida e edificada.

O equilíbrio é conseguido dentro de um indivíduo através de um tipo de composição de forças. Como o tempo, novas informações vão surgindo e seguindo a necessidade de urgência de um indivíduo, então é fácil perceber que essa recomposição de forças vai se adequando como um rito de passagem para novos entendimentos, e novos procedimentos que vão se aprimorando dentro da rotina de desenvolvimento de uma pessoa.

A certeza que se espera deste movimento é chegar no final da vida útil de uma construção com a finalidade de sua finalidade devidamente cumprida em termos de seu papel social e seu papel pessoal. E estar livre para levar o conhecimento para onde assim o desejar, incorporado a essência do ser humano, integral e toda a sua corporeidade e dimensão.

Reconstruir é sensato quando assim a exigência sinalizar, para sair do condicionamento, da prisão psíquica, para se libertar do vício do que é velho, e não irá gerar benefícios para si próprio e tão pouco para a sociedade. Se necessário destruir uma parede para que o novo se restabeleça, que assim seja. Porque a estrutura pode ir além do tempo, e elevar a prosperidade do indivíduo no final do seu ciclo se for bem erigida. A escolha e a determinação são de cada um, ao qual se condiciona e carrega seus elementos e seus princípios.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro

 

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