A cota do Rio Negro, em Manaus, deve ficar 1,20 metro abaixo da máxima registrada no ano passado. A previsão é de cheia dentro da normalidade, segundo o primeiro alerta divulgado pelo Serviço Geológico do Amazonas (CPRM), na manhã desta quinta-feira (29).
De acordo com previsão do CPRM, o nível do rio deve ficar entre 24,45m e 28,15m. A cota desta quinta-feira (29) é de 24,41m.
“A cota prevista intermediária é de 27,80m é uma cota dentro do normal. A gente espera que ela não chegue a dar maiores danos para a população. A gente considera dentro da normalidade”, disse a pesquisadora Luna Alves.
Segundo a pesquisadora, o rio chegou a descer durante toda a última semana. Esse comportamento aponta que há menor possibilidade de uma grande cheia, entre os meses de junho e julho.
“Esse ano, o rio começou a descer agora em março. Isso é um pouco fora do normal. Já tem sete dias essa descida. A gente observa que, apensar de não ser comum, isso já aconteceu nas décadas de 30, 40.
Nos anos que ocorre essa redução, a característica é que a cota máxima atingida não é muito grande”, disse Luna.
Chuvas
Segundo dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o regime dos rios amazônicos sofre a influência do fenômeno La Niña.
“Teremos mais chuvas no mês de abril, depois começa uma redução gradual. Maio e junho já são meses de transição para estação seca para nós. Daí começam as chuvas na parte norte do estado”, explicou o meteorologista do Sipam, Ricardo Dallarosa.
Ações
A Defesa Civil do Amazonas e da capital montou planos de ação para os períodos de cheia e de vazante dos rios.
No Alto Rio Negro, mais de 20 mil pessoas já foram afetadas pela estiagem em 2018. São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro estão em situação de emergência. Já Barcelos está em alerta.
Fonte: G1
