Sete hotéis e um bingo clandestino são fechados no centro de Manaus

Operação interdita estabelecimentos no centro/Foto: Marinho Ramos

Operação interdita estabelecimentos no centro/Foto: Marinho Ramos


Operação fecha hotéis no centrol de Manaus/Foto: Marinho Ramos

Foi deflagrada, ontem (05), a operação Centro Seguro 4, ação em parceria da Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas, cujo resultado foi o fechamento de sete hotéis e um bingo, em cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão.

Entre os estabelecimentos lacrados está o Rêmulos Club, onde a Polícia Civil e a Divisão de Vigilância em Saúde (Dvisa) encontram drogas e transgressão às normas sanitárias, elétricas, fiscais.

O secretário Municipal do Centro, Rafael Assayag, informou que a ação teve como alvo bares e hotéis na Avenida Lobo D’Almada e também na 24 de Maio. Segundo ele, a Lobo D’Almada é considerada pela prefeitura como a área de maior conflito.

“Este ação faz parte do trabalho de reformulação de transformação do Centro da Cidade. Nós estamos atuando na área que consideramos como inferninho, onde encontramos hotéis que funcionam como motéis e estabelecimentos que funcionam sem nenhuma norma sanitária. Encontramos, ainda, uma casa de jogos de azar que nem deveria funcionar. Esse é um trabalho de reordenação desta área e queremos que fique claro que a prefeitura está atuando de forma intensiva para acabar com esses estabelecimentos que mancham a nossa cidade”, destacou.

De acordo com a coordenadora da operação pela Polícia Civil, Márcia Maciel, a ação é resultado de três meses de investigações. Ela explicou que o alvo principal era o bingo ‘Asas da Sorte’, que funcionava há mais de dois anos em uma antiga casa de shows. No local foram encontrados vários idosos. A polícia apreendeu dinheiro e máquinas eletrônicas. “Nós estamos fechando este local e o responsável será levado à delegacia, onde será autuado por estelionato, porque o que ele fazia aqui era enganar essas pessoas, em sua maioria, idosos”, comentou.

Entre os hotéis lacrados estão o Paris 1 e 2, Milenium 1, Opção, Magistic, Nossa Pensão, Eclipse e o Rêmulos. De acordo com a DVisa, a maioria foi fechada por oferecer risco eminente à saúde humana. O Rêmulos, além de infringir as normas da vigilância sanitária, segundo da Secretara Municipal da Finanças (Semef) tinha licença para funcionava como pensão, mas estava atuando como motel.

Ainda no Rêmulos, policiais civis detiveram um homem por portar uma porção de substância entorpecente. Ele e as demais pessoas apreendidas foram encaminhadas ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para os procedimentos legais.

Contingente

Sob a coordenação da Secretaria Municipal do Centro (Semc), 70 funcionários das secretarias e órgãos da administração municipal fiscalizaram 20 estabelecimentos no mesmo trecho em parceria com o Corpo de Bombeiros e concessionárias. A Polícia Civil empregou um efetivo de 93 policiais.

Também participaram da ação, o Corpo de Bombeiros, as concessionárias Manaus Ambiental e Eletrobras Amazonas Energia e a empresa Net. A Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana, o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), o Conselho Tutelar e as secretaria municipais de Assistência Social e Direitos Humanas (Semasdh) e de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) também integraram a operação. Assim como a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) e outros órgãos.

Outras edições

A primeira edição foi realizada no dia 2 de agosto e 16 hotéis foram interditados e notificados por irregularidades, na Rua Quintino Bocaiúva. Na ocasião, a Justiça havia concedido à Polícia Civil 18 mandados de busca e apreensão. Dois hotéis estavam regulares, tinham autorizações e licenças exigidas pela legislação municipal. Na operação, 39 pessoas foram apreendidas.

Entre elas, 20 eram estrangeiros com origem da Venezuela, Colômbia e Peru. Na época, os estrangeiros foram apenas multados e notificados para deixar o País em oito dias. Dois dos estrangeiros foram indiciados por falsificação de perfume. O número de crianças encontradas foi 14, sendo a mais nova com três meses e a mais velha com 10 anos. Os menores estavam vivendo em ambiente deplorável, com baratas nos colchões, e estavam abandonadas no momento da operação.

A segunda edição ocorreu no dia 24 de agosto e combateu a distribuição de produtos falsificados. A operação chegou às galerias do Hotel Amazonas e também nas ruas Marechal Deodoro, Floriano Peixoto e Teodoreto Solto, no Centro. Na operação, um homem considerado o ‘cabeça’ da distribuição da pirataria no centro, foi preso com mercadorias avaliadas em R$ 500 mil. Dez toneladas em produtos foram apreendidas. Sete empresários foram autuados em flagrante e encaminhados para a seccional, no bairro da Colônia Oliveira Machado, zona centro-sul.

A terceira edição do Centro Seguro foi realizada para combater o tráfico de drogas e a prostituição infantil em bares e hotéis, no dia 27 de setembro e 15 locais foram fiscalizados com a autorização da Justiça por meio de mandados. Os locais desta edição foram as ruas Frei José dos Inocentes, Henrique Antony, Itamaracá, Tamandaré e Visconde de Mauá. A operação resultou na prisão de duas pessoas por tráfico de drogas e no fechamento de seis bares. Outras três pessoas foram levadas à seccional Sul da Polícia Civil, onde foi montada a central de flagrantes, para prestar esclarecimentos.

Artigo anteriorEmendas de Vilma Queiroz à LO irão para infraestrutura e Cultura
Próximo artigoFeirinha itinerante leva praticidade a produtores e consumidores

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui