Subprogramas do Plano Safra no AM projetam crescimento na agricultura rural

Pequenos produtores trabalham mecanizados/Foto: Roberto Carlos

O aumento da produtividade e melhores condições de trabalho são os principais benefícios que os subprogramas do Plano Safra, “Pró-Mecanização” e o “Pró-Calcário”, estão proporcionando para os  produtores rurais do Estado. Os projetos oferecem o uso de tecnologia, em substituição ao trabalho manual realizado pelo homem do campo. O novo modelo de trabalho desenvolvido na agricultura amazonense, vem sendo executado em 31 cidades do interior e transformado a realidade de famílias que tiram o sustento das produções agrícolas.
ubNo lugar das motosserras e enxadas, estão os tratores para desempenhar desde a limpeza até a preparação do solo com a aplicação do calcário para diminuir a acidez típica das terras amazônicas. Esse trabalho conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), que subsidia em 85% a contratação de horas-máquina para produtores ou associações e em 50% para a compra de calcário a ser utilizado nas propriedades, considerando os custos com transportes.


O financiamento é concedido pela Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e, até o momento, foram aprovados 787 projetos de mecanização, de um total de 1.347 previstos. O Governo do Estado pretende mecanizar 6.027 hectares com investimento de quase R$ 20 milhões. Para o calcário, a meta é investir R$ 5,5 milhões para um volume de 13.562 toneladas de calcário.

Entre os municípios que vivem essa realidade está Rio Preto da Eva, a 57 quilômetros de Manaus, onde dois mil hectares de terra são destinados à produção de laranja (100 milhões frutas/ano), e 400 hectares para o cultivo de banana (800 mil cachos/ano), conforme dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam). Boa parte das produções é escoada para os programas do governo estadual da Merenda Escolar (Preme), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e feiras dos produtores rurais na capital.

Mecanização – Na região, os projetos de mecanização atuam em 95 propriedades rurais.  No ramal do ZF9, que fica a 25 quilômetros da área urbana do município, os produtores rurais esqueceram as más lembranças do trabalho braçal para viver um tempo mais promissor.

O agricultor Emílio Cesar, 56, trabalha há 20 anos com a produção de hortaliças e fruticulturas na localidade. Com a implantação do programa, ele recomeçou uma nova fase no campo com a perspectiva de cultivar novos produtos. “Só para limpar a terra, eu levava quase um mês. Quando observo as máquinas passando no meu terreno fazendo esse serviço com uma média de três a quatro horas, vejo quase um milagre e já está nos meus planos a plantação de pimentas, mamão e banana”, afirma.

A mudança teve grande impacto na família do jovem produtor rural Júlio Junior, 31, que, ao lado do pai, cultiva plantações de banana. “Nossa vida está muito melhor agora porque antes tínhamos muito trabalho para cortar as árvores e limpar o local manualmente. Com esses subsídios, conseguimos pagar somente 15% do valor para a operação dos tratores. Em dois dias, as máquinas já limparam e araram a terra. Se fosse como antigamente, levaria quase dois meses para concluir essa limpeza e, com isso, a gente ver que temos menos gastos e uma boa chance de maior lucratividade”.

Mais produtividade – Na propriedade de Ednaldo Cunha, 55, a terra já está pronta para a aplicação do calcário. Com a produção de três toneladas de banana, ao mês, ele afirma que a expectativa é elevar a safra com a oferta de melhores produtos para a população. “Com o trabalho manual levávamos muito tempo para terminar uma quadra, as plantas não recebiam a qualidade no tratamento necessário para produzir. Com este trabalho atual estamos manuseando bem o solo com todos os insumos e acreditamos que a produção será bem melhor para que chegue com um preço bem acessível ao consumidor”.

O secretário da Sepror, Sidney Leite, ressalta que a meta é fortalecer o setor o primário do Amazonas, com vista na nova matriz econômica ambiental que vem sendo construída atualmente. “Isso demonstra o comprometimento do governador José Melo no sentido de que possamos melhorar as práticas de produção rural para termos ganhos de produtividade e melhorar a qualidade de vida de nossos produtores, consolidando assim uma nova alternativa econômica através do setor primário”, destacou.

Licença ambiental – A operação do programa é permitida em terras já ambientalmente modificadas para evitar o desmatamento e o uso de fogo. Para tanto, é necessário que os produtores possuam o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para que a licença ambiental seja concedida para a realização das atividades nas propriedades rurais.

Criado pela Lei 12.651/2012 no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima), o CAR se constitui em base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

Subprogramas ajudam crescimento de pequenos produtores/Foto: Roberto Carlos
            Subprogramas ajudam crescimento de pequenos produtores/Foto: Roberto Carlos
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