Suriname busca cooperação mútua com o Brasil, através da ZFM

Em 1975, o país se tornou independente quando trocou o nome de Guiana Holandesa para Suriname.
Em 1975, o país se tornou independente quando trocou o nome de Guiana Holandesa para Suriname.
Em 1975, o país se tornou independente quando trocou o nome de Guiana Holandesa para Suriname.

A missão Brasil-Suriname na Zona Franca de Manaus (ZFM), iniciada na segunda-feira (15) com visitas à Nokia do Brasil Tecnologia e Fundação Nokia, continuou na manhã de terça-feira (16), no auditório da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), com a realização de quatro painéis de discussões envolvendo representantes do governo brasileiro e do governo do Suriname, com foco em oportunidades de investimentos e de cooperação mútua.
A delegação do Suriname, com 19 pessoas, é liderada pelo vice-presidente do país, Robert Ameerali, e pelo embaixador da República do Suriname no Brasil, Marlon Mohamed Hoesein.


 Vice-presidente do Suriname, Robert Ameerali, (segundo da esquerda para direita), liderou a missão do país que visitou a SUFRAMA.
Vice-presidente do Suriname, Robert Ameerali, (segundo da esquerda para direita), liderou a missão do país que visitou a SUFRAMA.

As discussões da manhã foram abertas com o painel “Modelo Zona Franca de Manaus”, que contou com a palestra do superintendente adjunto de Projetos da SUFRAMA, Gustavo Igrejas. Em sua apresentação, Igrejas mostrou as principais diretrizes do modelo ZFM e suas dinâmicas econômicas, enfatizando aspectos como os incentivos fiscais especiais, os Processos Produtivos Básicos (PPBs) e o Programa de Interiorização do Desenvolvimento. Igrejas dedicou boa parte da apresentação para prestar informações sobre o Polo Industrial de Manaus (PIM), destacando a existência de aproximadamente 600 empresas que, juntas, faturaram mais de R$ 83 bilhões em 2013 e geram, em média, 120 mil empregos diretos. Segundo Igrejas, o PIM permite que Manaus seja o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) entre as cidades brasileiras – sendo a 4ª maior em termos de PIB industrial – e (com dois milhões de habitantes)  a sétima cidade mais populosa do País.

O superintendente comentou ainda iniciativas ligadas à área de Pesquisa & Desenvolvimento na região, ressaltando dois projetos desenvolvidos com apoio da SUFRAMA: o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e o Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do PIM (CT-PIM).

Dando prosseguimento às apresentações, foram realizados mais três painéis – “Oportunidades de financiamento em infraestrutura”, “Oportunidades de investimento no Amazonas e Pará” e “Promoção do setor agrícola entre Brasil e Suriname” –, com participação de representantes de instituições como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (AGBF), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas, Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Pará e Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa).

Interação – De acordo com Gustavo Igrejas, a interação com outros países é interessante para a ZFM, uma vez que proporciona a identificação de oportunidades de negócios e de parcerias que serão fundamentais para a expansão do modelo. “O Governo Federal tem um trabalho muito firme na relação com países fronteiriços. A SUFRAMA segue essa orientação no sentido de estabelecer parcerias visando à cooperação bilateral. Recebemos a comitiva do Suriname e esperamos que, futuramente, sejam consolidadas oportunidades de negócio envolvendo projetos industriais, agropecuários e comerciais com incentivos da ZFM”, explicou Igrejas.

A missão Brasil-Suriname encerra nesta quarta-feira (17), com uma reunião na sede do governo do Estado do Amazonas.

(Texto/Foto: Diego Queiroz)

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