… continuação de: A Teoria do Caos: Arthur, Eduardo, Rebecca, Melo, Omar, Praciano, Nejmi Aziz e a Campanha Eleitoral 2014…
Antigo aliado do PSDB, o PPS trouxe com Hissa Abrahão, as condições objetivas para a eleição de Arthur Neto à Prefeitura de Manaus, em 2012.
Arthur voltou do auto exílio, em Lisboa (Portugal), depois de ter curtido a derrota ao senado para Vanessa Grazziotin, contra a qual fez denúncias de compras de votos envolvendo, inclusive, cabos eleitorais, que já recebiam recursos do projeto Bolsa Floresta administrado através da Fundação Amazônia Sustentável – FAS, a quem Eduardo Braga sempre apoiou.
As mágoas, as humilhações públicas, o rancor, alimentam a ira contra Arthur Neto. Descartado como aliado, o PPS que ajudou na campanha de 2012, virou um enorme problema, à medida que acirram as disputas, que não vão terminar com a eleição.
Se eleito, Hissa Abrahão espera do novo aliado Eduardo Braga a munição para dinamitar a figura política de Arthur Neto, caso ele vença as eleições contra Melo e ainda e contando com Dilma Rousseff na Presidência da República. Salvaguardando as boas relações republicanas, de transferência de recursos constitucionais, apertos e cortes financeiros, o prefeito não tem munição para grandes empreendimentos também, por não ter equipe técnica de suporte para sustentar projetos e parcerias público-privados.
A máquina municipal anda lenta e enferrujada nesta área de atração de investimentos.
Uma vitória de Melo seria uma saída para o prefeito poder administrar a cidade dentro de uma perspectiva de gestão eficiente e túrbida com pesados gastos em publicidade, aparições públicas pontuais, com uso massivo dos meios de comunicação e redes sociais. Garantindo assim, uma reeleição mais tranquila e, possivelmente, negociando um lugar de vice-prefeito para Marcelo Ramos que se cacifaria com votos e status por meio do PSB, do ex-prefeito Serafim Correa, que por sua vez, deve eleger-se folgadamente deputado estadual e levando consigo o vereador Elias Emanuel e possivelmente mais dois parlamentares.
A condição ideal para Arthur nesse cenário, seria a vitória de Aércio Neves, caso Melo perca a eleição para o governo. Se os dois perderem, o prefeito não terá muita folga para avançar em seus planos.
Nessa altura da sua vida, Arthur não teria muito tempo para sustentar grandes lutas, sendo obrigado a administrar de forma centralizada, os problemas de uma cidade com o porte de Manaus.
O centralismo das decisões, a forte presença do mandatário em tudo que represente visibilidade pública tem sido a marca da atual administração. Não há espaço para mais ninguém. Não há e nem nunca houve espaço para Hissa Abrahão na administração de Arthur.
Guto Rodrigues e o PPS iniciam a semana como vítimas. Guto insiste em não ser o I-Juca Pirama, do poema de Gonçalves Dias, lembrando os tempos que ele e Arthur diziam “correr o sangue de Ajuricaba em suas veias”.
Esse tempo idílico de Guto foi cortado na jugular por Márcio Noronha, que lhe propôs, segundo Guto, receber uma concessão de Arthur Neto sem trabalhar, apenas ficar calado e quietinho no seu canto. Sem melindres, sem espernear.
Guto estaria a salvo em um bote enquanto seus companheiros de jornada morreriam afogados, sem chegar a ilha do Paraíso como pensaram atingir, no governo arthuriano.
Esse seria um golpe orquestrado na campanha de Hissa Abrahão, que se aliou a Braga, contra quem, sempre se posicionou como: a renovação da velha escola criada por Gilberto Mestrinho, seguida por Amazonino, Braga e Omar.
O estilo de gestão dos governantes está em questionamento. Quem apoia o que o Arthur fez e faz? Quem apoia a maneira como Eduardo Braga administra, com seu famoso estilo intempestivo e trombador? E quem prefere o estilo de governar de Jose Melo?
(Deamazonas Post)
