Terminais fluviais do Amazonas não possuem infraestrutura necessária para o transporte

As balsas não possuem autorização da Capitania dos Portos e nem da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) - foto: Antaq

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANATQ – 2017), analisou de 57 terminais hidroviários do Estado do Amazonas, através de questionário de caracterização dos terminais aplicados por pesquisadores da UFPA os responsáveis pelas instalações portuárias.


Nessa análise buscou, basicamente, avaliar os acessos terrestres (como ruas, parada de ônibus, ponto de taxis, linhas de ônibus), os acessos às embarcações, as retroárea (estacionamento de veículos), as instalações e serviços, as sala de embarque de passageiros, o berço de atracação, a área de movimentação de carga, os postos de serviços públicos e as práticas sustentáveis.

As balsas não possuem autorização da Capitania dos Portos e nem da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – foto: Antaq

A metodologia adotada para avalição do terminal foi qualitativa, onde cada atributo foi julgado como: “Bom”, “Ruim” ou “Inexistente”. Desse julgamento foram extraídas as notas: 2 (bom), 1 (ruim) e 0 (inexistente) e a média ponderada (adotando o peso de 0,5) das avaliações consubstanciou no Indicador Geral de Qualidade por terminal (IGQT) que representa o nível de qualidade terminais hidroviários de passageiros (ANTAQ, 2017).

Segundo a ANTAQ (2017), o Índice Geral de Qualidade (IGQ) dos terminais hidroviários de passageiros calculado foi de 0,17. Considerando que o IGQ varia de 0 a 1, a avaliação geral das instalações pode ser considerada ruim.

Passageiros sendo embarcados em plataformas improvisadas – foto: Antaq Manaus

De maneira geral, segundo a ANTAQ (2017), são instalações nas quais a acessibilidade externa e interna do terminal é precária, mais de 80% dos terminais não disponibiliza atendimento a embarcações estaduais e não tem área específica para ponto de ônibus parada de taxi.

Constatou-se também a inexistência de posto de polícia e de posto de atendimento médico nesses terminais. Em 40% deles, não existia banheiros para o uso público em suas áreas externas e 50% dos terminais não dispunham de banheiros em sua sala de embarque para uso dos passageiros (ANTAQ, 2017).

Concluísse que, os terminais hidroviários que atendem as Embarcações Mistas (transportam passageiros e mercadorias) no Estado do Amazonas não apresentam infraestrutura compatível com as necessidades dos usuários (passageiros, embarcadores e armadores), não garantindo a segurança, o conforto e a agilidade exigida para o desenvolvimento do Região.

Amazonas

No Estado do Amazonas os Terminais hidroviários são fundamentais para a execução dos transportes de passageiros e de mercadorias em rotas estaduais, interestaduais e, bem como, travessias. No geral, forma movimentados por esses terminais 1.774.272 passageiros no ano de 2017 (Antaq, 2017).

Porto do São Raimundo, que estava abandonado, sendo administrado ilegalmente por um empresário do ramo de embarcações – foto: A Crítica

O terminal hidroviário é a parte do sistema de transporte onde se realiza a integração entre dois ou mais modos de transportes ou entre dois veículos de um mesmo modal. O terminal hidroviário deve oferecer características estruturais compatíveis com as necessidade operacionais do transporte local, com vista, na segurança, no confortável e na agilidade.

Artigo anteriorProfessores forçam governo a conceder 27,02% e põem fim à greve
Próximo artigoJoaquim Barbosa filia-se ao PSB e pode disputar eleição

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui