Teste de dengue: resultado pode sair em 15 minutos ou demorar até 8 dias

Foto: Recorte

Com o aumento de casos de dengue nos primeiros dias de 2024, aumentou também a procura pelos testes para diagnosticar a doença. Mas o resultado pode sair em 15 minutos ou demorar até 8 dias, dependendo do exame.


De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, divulgado nesta terça-feira (23), 16.079 casos de dengue já foram notificados nos primeiros dias de 2024, com três mortes. O aumento do número de casos, se comparado com o mesmo período do ano anterior, é de 646,5%.

Há três tipos de exames para diagnosticar a dengue:

• Teste rápido: utilizado para triagem de pacientes. O sangue é coletado e há verificação se a pessoa está contaminada no momento e se já possui anticorpos para a doença. O resultado sai em cerca de 15 minutos.
• RT PCR: pode ser feito até o 5° dia de sintomas e identifica o vírus ou pedaços do vírus no paciente. O prazo de liberação do resultado é de 5 dias.
• Teste de sorologia: usado para amostras coletadas depois do 6° dia de sintomas e detecta indiretamente o vírus, pois identifica a produção de anticorpos contra ele. O prazo para o resultado é de até 8 dias.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, os testes RT PCR e de sorologia são realizados para fins epidemiológicos e não de diagnóstico. Para quem tem sintomas, o exame clínico feito pelo médico e o teste rápido já são suficientes para o diagnóstico precoce.

“Ressaltamos que as análises realizadas no LACEN [Laboratório Central da Rede Pública] para detecção dos casos de dengue têm importância para fins epidemiológicos, para tomadas de decisões em saúde pública”, diz a Saúde.

Diagnóstico da dengue

O diagnóstico da dengue é feito por meio de aspectos clínicos da doença e por exames complementares e de triagem como testes rápidos, hemograma e bioquímica. O infectologista Marcelo Cordeiro explica que o essencial é buscar atendimento médico na unidade de saúde mais próxima, o mais precocemente possível, para identificar casos graves e evitar complicações.

Consultor técnico do laboratório privado Sabin, Marcelo Cordeiro, diz que os testes complementam o diagnóstico, mas não são determinantes para indicar o tratamento mais adequado para o paciente. Segundo o médico, a identificação de casos potencialmente graves vai ajudar a realizar o suporte clínico e reduzir as taxas de mortalidade da doença.

“Como é uma doença viral e que não tem tratamento específico, o tratamento é suporte clínico. Não era pra gente ter óbito por dengue, nós temos porque o reconhecimento da gravidade é feito tardiamente”, diz o infectologista.

É preciso estar atento aos sinais de alerta, destaca Cordeiro. Há uma lista de sinais de alarme que podem identificar uma maior gravidade da doença:

• Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua
• Vômitos persistentes
• Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
• Queda súbita de pressão arterial
• Letargia e/ou irritabilidade
• Aumento anormal do volume do fígado
• Sangramento de mucosa
• Aumento progressivo do hematócrito (de hemácias no sangue)

“Com estes sinais de alarme, tem que ser feito algo imediatamente. Tanto o paciente quanto o médico precisam saber que algo deve ser feito, precisam adotar medidas de imediato”, diz o infectologista.

Onde fazer o teste da dengue?

As unidades de saúde e os laboratórios privados realizam os três tipos de teste. O teste rápido é realizado para triagem de pacientes.

Na rede pública, o atendimento é todo feito pelo SUS. Na rede particular, no DF, os testes custam entre R$ 80 e R$ 365:

• Laboratório Sabin: custo entre R$ 80 a R$ 276; resultados saem de 1 a 2 dias
• Laboratório Exame: custo entre R$ 96 e R$ 365; resultados saem de 1 até 7 dias úteis
• 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e tendas para pacientes da dengue: atendimento gratuito; resultados saem de 5 até 8 dias

Fonte: G1

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