A greve dos servidores da saúde começou na manhã de hoje em Palmas. A paralisação já havia começado na última segunda-feira em 11 municípios e mesmo com o pagamento confirmado na noite de segunda-feira, eles decidiram manter a paralisação. Segundo o diretor dos técnicos em radiologia, Luiz Fernando Neife, membro do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sintras), a paralisação envolve todos os profissionais da saúde, entre eles técnicos e enfermeiros, e apoio dos médicos. Ele informou que o movimento atinge o Hospital Geral de Palmas (HGP), Hospital Maternidade Dona Regina e Hemocentro. Nessas unidades ficam suspensos os atendimentos de cirurgias eletivas e os atendimentos ambulatoriais.
“Não podemos paralisar 100%, por isso as urgências e emergências que causam risco de morte vão continuar no patamar dos 30% que gere a demanda do hospital”, disse, destacando que as principais reivindicações da categoria são melhores condições de trabalho e cumprimento dos acordos salariais, que não estão sendo mantidos. “Ontem o governo pagou duas parcelas de adicional noturno, mas ainda temos uma parcela a ser acertada na próxima sexta-feira. Deve ser pago insalubridade e adicional noturno”, frisou.
A enfermeira Solany Moreira, que integra o movimento grevista, destacou que permanecem os atendimentos aos pacientes em tratamento intensivo, em internação nas alas cirúrgicas, ortopédica e clinicas médicas. “Nosso intuito não é causar dano e risco a sociedade, por isso vamos manter a quantidade necessária do atendimento de urgência e emergência. Mas ao caminhar do movimento devem ser suspensas atendimentos eletivos, ambulatorial. Não vamos negligenciar nenhum tipo de atendimento que venha causar risco ao paciente”, enfatizou. Segundo ela, a greve será mantida até que o governo garanta e cumpra os direitos trabalhistas dos profissionais.
O presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, explicou que os médicos vão se reunir em assembleia amanhã para deliberar a greve.
O Jornal do Tocantins entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para repercutir o assunto e aguarda o posicionamento da Pasta.
Entenda
No mês passado, após ficar sem receber os adicionais noturnos desde agosto passado, os profissionais realizaram assembleias em diversos municípios e entraram em indicativo de greve. No dia 18 de novembro, o presidente do Sintras e o secretário estadual da Administração se reuniram para discutir as pautas.
Ficou acertado que o pagamento da parcela dos adicionais noturnos em atraso seria feito no dia 20 de novembro. Já as parcelas de setembro e outubro, no dia 30 de novembro e a de novembro, na folha de pagamento do dia 11 de dezembro. Se os prazos fossem descumpridos, a greve seria iniciada.
(Jornal do Tocantins)